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O novo normal e o “Covidão”: como será a reabertura e como fica a situação de Witzel

O novo normal: Praia em La Grande-Motte, na França
O novo normal: Praia em La Grande-Motte, na França, reabriu com medidas para garantir distanciamento social. (Foto: Euronews)

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Para começar esse resumo de notícias. Experiências de outros países na reabertura da economia e da vida social (após controlarem o aumento de casos de coronavírus) podem ensinar muito ao Brasil para quando chegarmos à fase daquilo que já se chama de o novo normal: na vida pessoal e profissional.   

O novo normal. Após países da Ásia e da Oceania controlarem a pandemia, nações ocidentais começaram suas reaberturas. Isolamento com barreiras de acrílico entre mesas de salas de aula da Coreia do Sul e entre mesas de restaurantes em Nova York são dois exemplos. Para que você, desde já, veja essas soluções, o blog Certas Palavras, do jornalista Célio Martins, faz um resumo sobre o que é o novo normal: confira as soluções adotadas em diversos países para reduzir o risco de uma nova onda de coronavírus.

Utilidade pública

Atualização. De fato, os números do coronavírus melhoram na Europa. A Alemanha já prevê antecipar retomada. Saiba como está a pandemia em países europeus e do Oriente Médio e Ásia. No Brasil, a situação é oposta: foram 1.039 mortes e 16.324 novos casos de Covid-19 registrados em 24 horas (veja o total de casos, óbitos e recuperados). É o país com mais óbitos por Covid-19 nos últimos dois dias. Entre as cidades do Sul, Londrina apresenta maior taxa de mortalidade.

Atendimento e testagem. Três meses após primeiro caso de Covid-19, o Brasil não fez nem 1 milhão de testes moleculares. Já o Senado aprovou um projeto que agora segue para a Câmara: o que obriga hospitais privados a ceder leitos para o SUS em casos de Covid-19, entenda no texto de Camila Abrão. No Paraná, Roger Pereira traz o “outro  lado da moeda”: com a pandemia, a redução da ocupação e o cancelamento de procedimentos em hospitais privados foi amenizado justamente por contratos do SUS.

Cloroquina. Quanto a medicações, o coronavírus continua sem remédio. Mais uma entidade reforçou que não recomenda cloroquina nem hidroxicloroquina para casos de Covid-19: a Opas, Organização Pan-Americana da Saúde. A boa notícia é que o mecanismo que agrava Covid-19 em diabéticos foi desvendado pela ciência.

Política e Economia

“Covidão”. Nesta terça (26), a Polícia Federal deflagrou a Operação Placebo, que investiga desvios no enfrentamento ao coronavírus. A PF “visitou” a residência do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Correspondente em Brasília, Kelli Kadanus apresenta tudo o que se sabe sobre a operação e também outros seis governadores que podem “receber a visita” da PF por suspeitas em contratos no combate à pandemia, algo ironicamente batizado pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, de Covidão: uma relação com o Mensalão, escândalo petista que Jefferson fez parte.

Centrão. Aliado de última hora do presidente Jair Bolsonaro, o ex-deputado e presidente do PTB é um dos líderes do Centrão, uma base parlamentar cada vez mais próxima do governo e que enxergava Sergio Moro como obstáculo, mas agora ganhou cargos, saiba mais na matéria de Olavo Soares, nosso correspondente no Congresso, e veja ainda o papel dos militares na negociação com o Centrão.

Economia. Apesar de ter interrompido a sequência de altas nesta terça (26), o Ibovespa reflete certo otimismo dos investidores no Brasil justamente após a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. Giulia Fontes explica por que falas como a de Paulo Guedes fizeram as ações do Banco do Brasil dispararem e a aparente conciliação entre Bolsonaro e governadores (antes da operação da PF que atingiu Witzel) minimizou percepção de risco.

O mais importante de ontem no Brasil

Minuto coronavírus

Colunas e artigos

Aqui e na China. Nas mais recentes postagens das diferentes Vozes na Gazeta, a jornalista Madeleine Lacsko faz uma reflexão: Witzel está colhendo o que plantou? Guilherme Fiuza faz uma provocação a governadores e prefeitos ao escrever que a conta dos tiranetes vai chegar. O colunista Rodrigo Constantino traz a informação de que a China está pressionando parlamentares brasileiros sobre Taiwan.

Reações inusitadas. Do lado econômico, o editor Guido Orgis revela por que ter inflação de “primeiro mundo” virou um problema para o Brasil. Já do lado ideológico, Jonathan Miltimore, da Fundação para Educação Econômica, explica por que conservadores e progressistas têm reações tão diferentes diante da Covid-19, e o colunista do Daily Signal Dennis Prager mostra a ironia dos perigos de se buscar a segurança acima de tudo.

Nossa visão

Eleições municipais. Novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Luís Roberto Barroso deixou claro que está trabalhando com o Congresso Nacional para evitar que a pandemia do coronavírus atrapalhe o calendário eleitoral, mas obviamente não descarta a hipótese de adiamento. Este é o tema do novo editorial da Gazeta do Povo: Se preciso for, adiar eleições sem estender mandatos por mais dois anos.

A realização de eleições simultâneas para todas as esferas de governo, além de garantir aos atuais mandatários um prolongamento de seu tempo no poder quando o eleitor lhes concedeu um prazo de quatro anos, terminaria relegando as disputas municipais a uma quase irrelevância, especialmente diante da eleição presidencial.

Podcast 15 Minutos

Para inspirar: o novo normal

Ainda sobre o novo normal. Vamos terminar esse texto com um exercício futurista, para “quando tudo isso passar”?A reorganização dos espaços de trabalho e a adoção maciça do home office podem trazer ”escritórios a prova de vírus”, revela Andrea Torrente. São espaços que talvez contem com esse spray brasileiro que bloqueia o coronavírus  por dois dias, veja na matéria de Juliana Fontes, que mostra ainda que – como parte desse “novo normal”  – os registros online de venda de imóveis dispararam.

Tenha uma boa quarta-feira.

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