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Bom dia!

A “nova era”, que mal começou, parecia estar degringolando durante o fim de semana, até que finalmente mostrou a sua força no domingo à noite. Olavo de Carvalho, uma das cabeças por trás da eleição de Bolsonaro, pediu na sexta (8) que seus discípulos deixassem o governo – segundo ele, são “umas poucas dezenas”, alocados principalmente nos ministérios da Educação, das Relações Exteriores e da Mulher, Família e Direitos Humanos.

Assessor especial do ministro Ricardo Vélez Rodríguez, Silvio Grimaldo foi o primeiro a pular fora. Segundo ele, o “círculo técno-militar” que rodeia Vélez traçou um plano de desmonte do olavismo no Ministério da Educação, transferindo olavetes para “funções inócuas”. O nosso Olavo, o repórter Olavo Soares, conta para a gente, lá de Brasília, quais são os pontos críticos da fissura entre o governo e o filósofo.

A reviravolta veio dois dias depois, no domingo (10). O coronel Ricardo Wagner Roquetti, responsável pela operação de “desolavetização” foi exonerado – “exoneradíssimo”, comemorou Olavo – do cargo de diretor que ocupava no Ministério da Educação. Os olavetes ficam e a “nova era” continua.

Guru de um círculo fiel de seguidores há anos, Olavo só se tornou um nome mais conhecido fora de suas hostes com a ascensão de Bolsonaro, que o alçou simultaneamente à condição de filósofo mais influente do Brasil – embora more em um rancho em Richmond, no estado norte-americano da Virgínia. Mas em que consiste a “doutrina” de Olavo? Para entender o seu pensamento, o lugar certo é este dossiê de Martim Vasques da Cunha, publicado pela Gazeta nessa sexta (8).

Como assim?

Parece ficção, mas a força-tarefa da Lava Jato assinou um acordo com a Petrobras e o Judiciário dos Estados Unidos para, com R$ 1,2 bilhão oriundo da petrolífera, criar uma fundação privada controlada pelo Ministério Público paranaense. Kelli Kadanus explica esse rolo.

Programa Multa Zero

Bolsonaro disse na semana passada que quer o fim das lombadas eletrônicas. “É impossível viajar sem receber uma multa”, afirmou o presidente. Guido Orgis lembra que mais de 30 mil pessoas morrem todos os anos no país em acidentes de trânsito. Ele escreve: 

Bolsonaro não quer saber das mortes, nem dos estudos científicos. Ele quer jogar para uma audiência que não gosta de aliviar o pé do acelerador e acha que o problema do país é a existência de uma “indústria da multa”. Aí chegamos ao ponto em que o país precisa reduzir a segurança viária porque não consegue lidar com a corrupção na contratação de radares, pelo menos onde há contratos diretos com o setor público.

Exclusiva

Gazeta do Povo publicou na sexta (8) uma entrevista exclusiva com a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Na conversa com Renan Barbosa, a ministra detalhou as propostas de sua pasta em temas como a violência contra a comunidade LGBT, o Estatuto do Nascituro, a Comissão da Anistia e o homeschooling. Vale a pena conferir e se manter bem informado.

7 X 1?

Como estão as 8 metas do governo Bolsonaro no campo da economia? A reportagem de Jéssica Sant’Ana revisa cada uma delas e aponta quais estão bem encaminhadas e quais o governo ainda precisa correr para cumprir. Como você acha que está o placar?

A ponta do iceberg

Os números relacionados à violência contra a mulher são altos no Brasil, embora a nossa legislação seja considerada modelo no que se refere ao assunto. Por que isso acontece? Mariana Balan explica que a lei é importante, mas é apenas a ponta do iceberg.

Moderno pra cachorro

Você está preocupado que a tecnologia ameace seu emprego? Os cachorros também. Na Nova Zelândia, já se usam drones que latem para tocar rebanhos no lugar de cães pastores. As máquinas permitem ainda que os produtores monitorem suas terras à distância, checando a disponibilidade de água e comida e a saúde dos animais, sem perturbá-los.

Futuro do pretérito

Você sabia que 38% dos veículos eram elétricos... em 1901, nos Estados Unidos? Foi só nas décadas seguintes que a popularidade do modelo começou a cair para dar lugar à onipresença da gasolina.

Tragédia

Um avião da Ethiopian Airlines, a maior companhia aérea da África, caiu no domingo (10), matando as 157 pessoas a bordo. A aeronave, que se dirigia de Adis Abeba a Nairóbi, caiu apenas 6 minutos após a decolagem.

Cartas na mesa

A falta de energia elétrica na Venezuela chegou no domingo (10) ao seu terceiro dia e já causou, segundo um jornal local, pelo menos 28 mortes – 15 delas devido à falta de hemodiáliseO governo nega os números. Juan Guaidó, o presidente interino, deu a entender em um discurso no sábado (9) que não descarta uma intervenção militar estrangeira como opção para derrubar o ditador Nicolás Maduro.

Imagem do dia

Pessoas coletam vegetais depois que um mercado de rua foi saqueado no bairro de Chacao, em Caracas, em 10 de março de 2019, durante o terceiro dia de um apagão que deixou os venezuelanos sem comunicações, eletricidade e água.MATIAS DELACROIXAFP

Para lutadores

Uma onda de solidariedade se espalhou entre motoristas de aplicativos de Curitiba: a proposta de fazer corridas de graça quando o destino for o Hospital Erasto Gaertner, onde centenas de paranaenses recebem tratamento contra o câncer. Confira a história na matéria de Eduardo Luiz Klisiewicz.

Ótima semana para você!

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