Bom dia!
Desde a redemocratização, nunca foi tão forte o desejo de mudança no país. Nem tão agitado um período de transição entre governos. O Ministério da Saúde, por exemplo, decidiu prorrogar a data de apresentação ao Mais Médicos, porque quase um terço dos inscritos não se apresentou, e 106 distritos nem chegaram a ter interessados. O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) tem a proposta de criar a carreira de médicos do Estado para acabar com esse problema crônico da saúde brasileira, uma ideia que é discutida há anos no Congresso. Mas será que vai colar em cenário de ajuste fiscal?
Nas alturas
Outra área que corre o risco de sofrer um “apagão” logo mais é a da aviação. O governo atual alertou a equipe de transição para a saturação nos aeroportos brasileiros. Enquanto isso, o futuro ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou que o governo eleito pretende conceder todos os aeroportos do país à iniciativa privada e, num prazo de três anos, acabar com a Infraero.
Caixa preta
Mas, às vezes, nem informação existe. A equipe de transição está tendo dificuldades para ter acesso aos dados sobre operações sigilosas da Caixa Econômica Federal. Tenso.
Retaliação?
Outro foco de preocupação são as exportações para os países árabes, caso Bolsonaro siga em frente com a intenção de transferir a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém. Vadré Kramer explica as complicações e qual o tamanho das exportações envolvidas nesse imbróglio.
Balanço
Diante de tanta informação, o Podcast Ideias desta semana deu um passo atrás para debater o governo de transição como um todo. Como está a montagem das equipes? O que esperar do PSL? Como os principais nomes do governo estão se comportando? Rodrigo Constantino, Guilherme Fiúza e Gustavo Nogy discutem. Aproveite os afazes matinais para escutar.
Outro lado do balcão
Isso tudo sem contar a futura relação do governo com o Congresso. Fernando Martins explica a quantas andas a formação da base aliada de Bolsonaro, e o editorial de hoje (17) da Gazeta do Povo discute a janela de oportunidade que surge no Brasil a partir da montagem do futuro Ministério:
O fato é que a porta está aberta para uma nova relação entre o governo e os partidos, em que o apoio se dê com base no mérito de cada proposta ou projeto de lei, e não mais na troca espúria de cargos por votos no parlamento. Reformas como a tributária e a previdenciária exigem o apoio de mais de 300 deputados e quase 50 senadores. Este número só será atingido se os partidos, estejam ou não na base formal de apoio de Bolsonaro, agirem de forma republicana, compreendendo a urgência e a importância de tais pautas.
Pode isso?
O Movimento Brasil Livre (MBL) está perguntando ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se pode coletar assinaturas digitais para se transformar em um partido. As principais lideranças veem uma oportunidade em transformar o MBL em um partido, mas há pedras no meio do caminho.
Aconteceu desde sexta-feira
- O médium João de Deus se entregou à Polícia em Goiás
- O presidente Michel Temer (MDB) assinou o decreto de extradição de Cesare Battisti
- O ex-presidente Lula da Silva (PT) virou réu em mais uma ação penal por lavagem de dinheiro em um negócio na Guiné Equatorial
- 29 pessoas, incluindo o ex-governador Sérgio Cabral e 10 deputados do Rio de Janeiro, foram denunciadas no âmbito da operação Furna da Onça
- O submarino S-40 da Marinha brasileira foi lançado ao mar: veja fotos e vídeos!
Para pensar
Em um momento em que a autoridade do Supremo Tribunal Federal (STF) vai derretendo a olhos vistos por uma série de comportamentos inadequados de seus ministros, vale a pena deter-se nas reflexões do cientista político Geoffrey Vaughan sobre como os parlamentos podem recuperar parte da autoridade que o Judiciário assumiu para si.
Para pensar [2]
Marcio Antonio Campos, editor de Opinião da Gazeta do Povo, conversa com Mariano Asla, doutor em Filosofia e professor de Antropologia Filosófica e Ética, sobre os limites da ciência e o papel da ética e da filosofia em um mundo de inovações tecnológicas de toda ordem. O tema vem a calhar diante do anúncio, há algumas semanas, de manipulação genética em gêmeas chinesas.
Fofura
Você viu? Roberta Braga (Viver Bem) recomenda: “Bebê nasce com mecha branca no cabelo e faz sucesso nas redes sociais.”
Volta ao mundo em 1 minuto
Perigo? Na segunda-feira (10) passada, a Rússia enviou à Venezuela dois aviões bombardeiros com capacidade para carregar ogivas nucleares. A história dominou a semana. Isabella Mayer de Moura explica o que significa o movimento conjunto entre os países, que não é inédito, mas ocorre em um contexto de acirramento das disputas geopolíticas.
Sai fora. Falando em geopolítica, a Alemanha está endurecendo contra o avanço chinês sobre suas empresas. Por lá, o governo vem adotando regulações mais rigorosas para evitar que a China use aquisições para absorver tecnologias estratégicas.
Retrocesso. Na Nicarágua, o governo do ditador Daniel Ortega invadiu as sedes de um jornal de oposição e de uma ONG de Direitos Humanos. As ações representam mais um passo da escalada autoritária no país.
Avanço. O primeiro-ministro da Austrália anunciou que o país irá reconhecer formalmente Jerusalém como a capital de Israel, mas só vai transferir a embaixada para a cidade quando houver um acordo de paz na região. O governo anunciou também que vai reconhecer Jerusalém Oriental como capital do futuro Estado da Palestina, quando a disputa territorial for solucionada.
Paraná
Mãos de tesoura. Ratinho Junior (PSD) ainda espera a confirmação do nome para a equipe, mas, como secretário da Fazenda no Espírito Santo, Bruno Funchal conseguiu nota A em capacidade de pagamento do estado: cortando comissionados, suspendendo concursos e não concedendo reposição salarial. Não à toa, Funchal também recebeu convites de outros estados.
Fica em casa. Kátia Brembatti acompanhou de perto o julgamento da apelação do ex-deputado Carli Filho, que teve sua pena reduzida pela segunda instância e vai cumpri-la em casa. Na última edição do Podcast Pequeno Expediente deste ano, Kátia conversa com a também jornalista Giulia Fontes sobre as reviravoltas do caso.
Bagatela. Uma história de 50 anos está perto do fim e vai custar R$ 3 bilhões ao contribuinte paranaense. Considerando o que já foi pago, a estimativa é de que levará três anos para o governo do Paraná quitar os precatórios da CR Almeida referentes à Estrada Central do Paraná, comprometendo mais R$ 2,2 bilhões do orçamento estadual. Nesse meio tempo, quase todo mundo que tem recursos a receber do estado vai ter de esperar.
Fique atento. Hoje à noite o Athletico conhecerá seus rivais na Libertadores 2019. A equipe de Esportes preparou um material com tudo que você precisa saber sobre o evento.
Curitiba
Você sofre? Curitiba terá consultas e testes de alergia gratuitos até o dia 22. Saiba mais detalhes e aonde ir!
Lembrança. Eles são muito importantes no trabalho dos agentes de segurança e, agora, terão um memorial para homenagear os trabalhos prestados à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros. Quem são eles? Os cachorros!
Planeje. Você gosta dos segredos do Egito Antigo? Pois esta semana um dos maiores especialistas (e pop star) no tema estará em Curitiba para uma palestra.
Uma ótima semana a todos!
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