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Para começar esse resumo de notícias. Em audiência pública na comissão mista da reforma tributária, nesta quarta-feira (5), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que apoia a unificação do ICMS (imposto estadual) e o ISS (municipal), como previsto nas duas propostas de emenda à Constituição (PECs) em tramitação na Câmara e no Senado.
Relembrando... Em projeto de lei enviado ao Parlamento, dia 21 de julho, a equipe econômica propôs a unificação do PIS-Cofins em uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Deixou os impostos locais de fora porque o governo decidiu não enviar uma PEC, mas sim fatiar a reforma em quatro projetos.
Nova CPMF. Segundo Paulo Guedes, o foco é simplificar impostos, mesmo sem reduzir a carga tributária final. Para ele, atualmente há um “manicômio tributário”. E não gostou quando o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) comparou a criação de um imposto sobre transações digitais com a finada CPMF. Ribeiro disse que o tributo era medieval. "Então o deputado está falando que existia Uber e Netflix na Idade Média?", questionou Paulo Guedes. Para ele, o novo tributo não deveria ser tema nessa reunião.
Auxílio emergencial e reforma administrativa. Paulo Guedes aproveitou para confirmar que o governo avalia reformular o auxílio emergencial, mas disse que “haveria espaço” para segurar o benefício por até um ano se o valor fosse menor desde o começo. Ele também esclareceu que a reforma administrativa foi freada a pedido do presidente Jair Bolsonaro. A editora Giulia Fontes traz mais informações sobre a audiência do ministro e quais garantias ele oferece para não aumentar a carga tributária final.
Utilidade pública
Atualização. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 57.152 casos e 1.437 mortes por Covid-19 em 24 horas. Já são 2.859.073 infectados, 97.256 óbitos e 2.020.637 são considerados recuperados. Além dos números, o Supremo Tribunal Federal determinou que o governo adote medidas de prevenção para indígenas. O STF também vetou cortes no Bolsa Família durante a pandemia.
Estratégia de vacinação. Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia adiantou como será a vacinação contra a Covid-19. Ela terá início assim que a vacina da Universidade de Oxford estiver disponível no país. Veja quais serão os grupos prioritários, a divisão de lotes com doses e a expectativa de início da vacinação.
Minuto Coronavírus
O dia seguinte no Líbano
Um dia após a gigantesca explosão no porto de Beirute, documentos mostraram a origem do provável material que destruiu a capital do Líbano. Além disso, imagens revelam como era e como ficou o porto após as explosões. Além de mais de uma centena de mortos e de 4 mil feridos, 300 mil pessoas ficaram desabrigadas após o incidente. Segundo o governador de Beirute, Marwan Abboud, o prejuízo é estimado em US$ 5 bilhões.
Com o impacto humano e econômico da tragédia, países de todo o mundo ofereceram ajuda e doações; veja detalhes. Segundo o presidente Jair Bolsonaro, o Brasil deve disponibilizar um avião aos libaneses. Aproveite e leia a avaliação do cientista político Hussein Kalout, pesquisador da Universidade Harvard, sobre o agravamento das tensões e da crise no país.
Política e economia: além de Paulo Guedes e a reforma tributária
Suspeição de Moro. Após a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) invalidar a delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci em um processo de Lula, incluída pelo então juiz federal Sergio Moro, ganhou corpo no Supremo a tese de suspeição do ex-juiz em casos do ex-presidente. De Brasília, o correspondente Wilson Lima explica o que está em jogo nessa queda de braço político-jurídica. Também da Capital Federal, Kelli Kadanus esclarece: o governo estaria montando um aparato estatal para obter informações de opositores?
R$ 1.045 do FGTS. Após a Câmara deixar caducar a medida provisória que autorizava o saque emergencial de até R$ 1.045 do FGTS, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, prometeu votar um projeto no mesmo teor da MP na próxima semana. Por falar em projeto, o presidente Bolsonaro sancionou a inclusão de micro e pequenas no Contribuinte Legal. Ainda sobre o universo trabalhista, Carlos Coelho traz detalhes de uma nova decisão judicial que anula a demissão em massa e determina a reintegração de 747 funcionários da Renault.
Caso das rachadinhas. Em entrevista ao jornal O Globo, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, pode ter pago contas do parlamentar, e disse que o advogado Frederick Wassef pode ter se sensibilizado com Queiroz para escondê-lo em seu imóvel. Ele também criticou a Lava Jato e defendeu Augusto Aras, procurador-geral da República.
O que mais você precisa saber hoje
- Teto de cobrança. Projeto que limita juros de cartão e cheque especial volta à pauta do Senado
- Projeto de lei. Há salvação para o projeto das fake news? Deputados respondem
- Centrão. DEM e MDB oficializam saída do “blocão” da Câmara
- Menor patamar da história. Selic tem novo corte e taxa de juros vai a 2% ao ano
- Entenda os motivos. Pedágio na ligação Paraná-Santa Catarina sobe 44%
Colunas e artigos
Vozes na Gazeta. Em vídeo, Cristina Graeml entrevistou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; assista. Ainda sobre política local, Guilherme Macalossi dispara: uma oposição de esquerda liderada por Felipe Neto está fadada ao fracasso. Já colunista Rodrigo Constantino criticou a cobertura da imprensa sobre as explosões em Beirute. E a doutora em filosofia Bruna Frascolla chegou a uma constatação: os médicos gringos estão doidos quando o tema é transexualidade.
Debates pandêmicos. Em sua nova coluna, o escritor Paulo Polzonoff questiona o que você faria se fosse o prefeito de Itajaí: concederia liberdade irrestrita, lockdown ou aplicação de ozônio? Agora um debate importante para empresas durante o período de isolamento: a investidora-anjo Camila Farani apresenta como melhorar a cultura do engajamento entre stakeholders, ou seja, os públicos das organizações.
Nossa visão
Balões de ensaio. O governo decidiu entrar tardiamente no debate da reforma tributária e, por isso, preferiu dividir em partes sua proposta. A equipe econômica está cometendo três erros. O primeiro é o de falar em ideias que tiram o foco do trabalho do Congresso. Confira os demais erros em nosso novo editorial: Balões de ensaio mais atrapalham do que ajudam na reforma tributária.
O governo colocou “iscas” em suas comunicações incompletas para angariar apoio à nova CPMF. Uma delas é a atualização da tabela do Imposto de Renda, que é uma das promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro. Esse não é um expediente correto.
Para inspirar
Educação dos filhos. É fato: pai e mãe estão sujeitos a cometerem erros e isso não deve ser motivo de remorso. É, sim, uma oportunidade para corrigir falhas. Repórter da Equipe Sempre Família, Raquel Derevecki traz um vídeo com 6 erros que os pais cometem ao disciplinar os filhos.
Tenha uma ótima quinta-feira!