Bom dia!
A comissão especial que analisa a MP 870, o texto que definiu a estrutura ministerial do governo de Jair Bolsonaro (PSL), decidiu nesta quinta (9) pela volta do Coaf ao Ministério da Economia, retirando-o do Ministério da Justiça e Segurança Pública – saiba como votou cada parlamentar. O plenário da Câmara votaria ontem mesmo a MP, com as alterações da comissão, mas uma questão de ordem levantada pelo deputado Diego Garcia (Pode-PR) a jogou para o fim de uma fila que inclui outras cinco MPs. Com isso, a MP ameaça expirar: se não for votada até o dia 3, toda a Esplanada dos Ministérios volta a ser como era no governo de Michel Temer (MDB) – que, aliás, voltou para a prisão nesta quinta.
- A saída do Coaf da alçada de Sergio Moro não foi a única mudança na estrutura do governo que a comissão especial orquestrou. Outra delas foi a volta da Funai, que estava no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, e da demarcação de terras indígenas, que estava na Agricultura, ao Ministério da Justiça. Kelli Kadanus lista essas e mais três mudanças – incluindo o desmembramento de uma pasta em duas e a ressurreição de uma terceira.
- O Brasil ainda está longe de cumprir as metas de redução da violência no trânsito propostas pela Década de Ação pela Segurança no Trânsito – que se encerra no ano que vem. O problema é que Bolsonaro já deixou claro sua opinião sobre o assunto, afirmando que o brasileiro já não tem “prazer em dirigir” por causa dos radares. Jéssica Maes põe as estatísticas na mesa para analisar a dimensão do problema e a eficiência da fiscalização.
- Izalci Lucas (PSDB-DF) é o campeão em número de assessores no Senado: tem 78, que custam R$ 7 milhões por ano ao país. Uma dúzia deles atua não no Congresso, e sim na direção do PSDB do Distrito Federal. O plano é a ocupação de espaços para garantir seu nome como candidato tucano ao governo de Brasília em 2022. Quem traz essa história é Lúcio Vaz, a quem o senador confessou: “Se você não tem partido, você não é candidato. Você tem que ter a legenda”.
No editorial desta sexta (10), a Gazeta do Povo comenta o dia ruim do governo em Brasília:
Na prática, a falta de liderança e de articulação transformou quatro derrotas e várias vitórias na possibilidade de uma derrota completa. A situação é difícil e faz antecipar possíveis novas derrotas, que podem ser ainda piores em matérias de repercussão mais grave. O que é fundamental é que pelo menos haja um aprendizado – e rápido. Era até de se esperar que houvesse alguma lentidão nisso, especialmente tendo em vista a renovação do sistema político nas últimas eleições, mas há um limite além do qual isso pode colocar em xeque todo o governo.
Tensão
Os Estados Unidos confiscaram um "navio-fantasma" da Coreia do Norte, usado para vender carvão. As autoridades alegaram violação de sanções internacionais. Também nesta quinta-feira, a Coreia do Norte lançou pelo menos um "projétil não-identificado", aumentando as tensões com Washington e Seul.
Imagem do dia
Jacobinismo tupiniquim
O que o Brasil de 2019 tem a ver com a Revolução Francesa? Martim Vasques da Cunha analisa a leitura que o historiador Christopher Dawson fez do período e a compara com os movimentos vividos pelo país recentemente. Fique com um trechinho:
Aqui, no Febeapá do bolsonarismo, temos os nossos jacobinos dominando o governo por dentro, numa “teia hierárquica”, deslocando a ambição tecnocrata dos militares e de um economista como Paulo Guedes, além de obrigar a (inevitável) cooptação que Sergio Moro terá de fazer com esses revolucionários para impor o seu projeto contra a corrupção como uma forma de “política de Estado” que seja realmente eficaz. No centro disso, a desumanização completa, a total ausência do “coração que vê” – como diria o papa emérito Bento XVI.
No Irã, o buraco é mais embaixo
Já faz uns vinte anos que o conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, John Bolton, quer uma guerra com o Irã. O problema – ou um dos problemas – é: qual dos dois? Filipe Albuquerque destrincha o cenário atual do país asiático:
A Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC, na sigla em inglês), conhecida em farsi como Pásdárán (“Guardiães”) é uma instituição própria, que responde diretamente ao aiatolá Ali Khamenei e tem mais de duzentos mil integrantes. Ela não responde ao presidente do Irã, que é o comandante das forças armadas; inclusive, a presidência do moderado Rouhani e os guardiães frequentemente têm desavenças.
Bolsonaro em Curitiba
A primeira visita de Bolsonaro a Curitiba após a sua eleição será nesta sexta (10). Angieli Maros antecipa como será o dia de forte esquema de segurança, complicações no trânsito e protestos contra o presidente na capital paranaense.
- Um pacote de concessões do governo federal vai remodelar o Anel da Integração, o desenho das rodovias que cortam o Paraná. Katia Brembatti mostra o que muda.
Tem mais
- No Sempre Família, Lorena Maria Lafraia conta a história da gestante que optou pela vida de um bebê diagnosticado com má-formação e acabou sendo salva por ele.
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- A HAUS separou 6 opções de presentes para o Dia das Mães que esbanjam design a partir de R$ 85 e, no Bom Gourmet, Júlia Ledur e Marina Mori dão 10 dicas para almoçar fora no domingo sem pegar fila nem se estressar.
- O Coolritiba 2019 acontece neste fim de semana na Pedreira Paulo Leminski – e ainda há ingressos à venda. Saiba tudo sobre o evento no Guia.
Bom fim de semana!