Por que o brasileiro deveria aprender economia na escola. A mudança de que os taxistas realmente precisam

Bom dia!

De 2014 para cá, a economia entrou com força na sala dos brasileiros da pior forma possível: com crise, recessão, desemprego. E deixou claro que o despreparo para lidar com a economia estava não apenas no topo da cadeia política, mas também na casa de muitos de nós. 

Andressa Muniz mostra como este cenário pode mudar no longo prazo com o ensino econômico nas escolas. Fatores do cotidiano como taxas de juros, investimentos, empréstimos, poupança e finanças pessoais, trabalhados nos ensinos médio e fundamental, darão aos nossos jovens uma base sólida para quando forem atores da economia real na vida particular ou no trabalho. 

Nos Estados Unidos essa é uma prática comum, o que ajuda explicar a pujança da economia americana, a mais forte do mundo, conhecida pela empreendedorismo dos seus cidadãos. 

O Brasil ainda engatinha neste aspecto. Ocupa o 125º lugar no ranking de facilidade para fazer negócios do Banco Mundial; os EUA estão em sexto. O editorial da Gazeta do Povo parte desta lista para mostrar como a melhora no ambiente de negócios é fundamental para reduzir o atraso brasileiro. 

Mas, no país que tem um Congresso sempre disposto a inviabilizar inovações tecnológicas e atender a qualquer pleito por uma reserva de mercado, e onde juízes anunciam uma rebelião coletiva contra as novas regras trabalhistas, o respeito e a promoção da livre iniciativa ainda parecem distantes. 

As eleições de 2018 darão o norte econômico do Brasil pelos anos seguintes. O buraco em que o desenvolvimentismo petista enfiou o país levou ao surgimento de muitos presidenciáveis com visão liberal na economia. Fernando Martins analisa este discurso e como ele se combina a um olhar conservador ou liberal nos costumes. 

Jair Bolsonaro é um dos candidatos que tem adotado cada vez mais um discurso liberal, distante do desenvolvimentismo que sempre pontuou suas posições econômicas. Um dos motores desta mudança é Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho de Jair, que foi estudar Escola Austríaca e tem se aproximado de economistas liberais, explica Rodrigo Constantino. 

Um preparo mais adequado, desde a base, permitirão escolhas economicamente mais conscientes na hora de votar. E também no nosso dia a dia. Como diz Ricardo Amorim, o futuro do país passa inevitavelmente por aplicarmos o que achamos certo em nossas vidas, não apenas esperar que os governantes decidam por nós. 

Os taxistas vivem, hoje, este dilema. Perderam a hegemonia de mercado e esperam uma regulamentação mais dura para aplicativos de transporte privado. Deveriam esperar justamente o contrário: carga mais leve de exigências que o permitam competir com os novos concorrentes, como defendemos em editorial. 

Os deveriam trabalhar em um processo forte de desregulamentação da atividade dos taxistas, permitindo que esses profissionais possam ficar com o fruto do seu trabalho, sem serem obrigados a deixar parte significativa dos seus ganhos com terceiros. 

Enquanto isso... 

Ensinar economia não escola não aparece na Base Nacional Curricular Comum (BNCC). O que está lá com força é o termo "questões de gênero", o que indica forte tendência de incluir ideologia de gênero no ensino escolar, explica Angélica Favretto. 

A promotora de Justiça Mariana Seiffert Bazzo escreve artigo explicando que estudos e ensino de gênero diferem de ideologia de gênero. Os dois primeiros remetem a uma desigualdade real; o último, da injustificável imposição ideológica que fere direitos de quem sequer sabe ou pode se defender. 

Erramos 

Rodrigo Constantino escreve sobre o produto de excesso de proteção com que toda uma geração de pais criou os seus filhos. Os millenials despontam como excessivamente frágeis, incapazes de enfrentar os desafios duros, porém comuns da vida real. 

Rá! 

Bastaram um adesivo da maçã e pessoas vestidas como funcionários da Apple para dezenas formarem uma fila ao lado de um elevador em Nova York, acreditando estar em um ponto de venda do novo iPhone. Era apenas uma pegadinha. 

A eficácia da farsa inofensiva reforça com a teoria da Bia Kunze de que o iPhone X vai vender como pão quente mesmo custando R$ 7 mil. 

O mais rico 

Jeff Bezos é o homem mais rico do mundo e aqui estão oito fatos sobre a fortuna do dono da Amazon. 

Partiu Canadá 

O Canadá tem sido um dos destinos mais procurados por brasileiros. Resultado de oportunidades como essa bolsa de graduação de até US$ 55 mil por ano. 

Ganhou na loteria 

O uzbeque Sayfullo Saipov, terrorista que matou 8 pessoas em Nova York, na terça-feira, pode ter entrado em solo americano pela loteria do green card. O programa distribui vistos a imigrantes de países com baixo índice de entrada nos EUA. Donald Trump já anunciou que irá cancelar o programa. 

Era só o que faltava 

A ministra Luislinda Valois, dos Direitos Humanos, redigiu um pedido de 207 páginas para que pudesse acumular o salário de titular da pasta (R$ 33,7 mil) ao de juíza aposentada, o que elevaria seu rendimento mensal para R$ 61,4 mil, acima do teto constitucional. Na argumentação, Valois disse que estava trabalhando sem receber, o que é trabalho escravo. 

A infeliz comparação causou péssima repercussão. Valois, então, retirou o pedido. 

Aceita? 

Valdir Rossoni demorou quase três anos para por em votação, na Assembleia Legislativa do Paraná, um pedido do STJ para investigar Beto Richa. Acusado de prevaricação, Rossoni recebeu uma proposta da PGR Raquel Dodge: doar R$ 112 mil a instituição de caridade, como transação penal para encerrar o caso. 

São eles 

Euclides Lucas Garcia mostra quem são os 13 vereadores e 3 ex-vereadores de Curitiba que querem receber 13º salário retroativo a 2013. 

Bilhete único 

O arquiteto e urbanista Marlos Hardt escreve sobre a volta à pauta da integração temporal no transporte coletivo de Curitiba. Para ele, aumentar a eficiência do cartão-transporte é urgente. 

É punk ou não é? 

Domingo tem Green Day na Pedreira e Luigi Poniwass escreve sobre uma polêmica que cerca a banda: o Green Day continua sendo punk ou se rendeu ao sistema? 

Uma noite no museu 

O Museu Oscar Niemeyer está preparando um evento especial para crianças no seu 15º aniversário. O programa Uma Noite no MON abrirá as portas do museu para a criançada, em um roteiro exclusivo, até 11 da noite. Será dia 25 de novembro. 

Chove lá fora... 

Mas nem por isso você tem desculpa para ficar em casa. O Guia Gazeta do Povo preparou um roteiro com os melhores programas de Curitiba para dias chuvosos. 

É hoje 

Outro programa ótimo com chuva - e com sol - é comer pizza. Hoje começa o 4º Festival da Pizza Bom Gourmet, com a participação de 40 pizzarias e restaurantes da cidade. 

Marque no calendário 

Dezembro está chegando e com ele vem uma dúvida: quando montar a árvore de Natal? Há um dia certo para isso. É o quarto domingo antes do aniversário de Jesus Cristo. Saiba qual a data correta em 2017 e "bora" tirar o pinheirinho do armário! 

Bom fim de semana a todos.