Para começar esse resumo de notícias. Que o emprego e a renda foram comprometidos com a pandemia, não há dúvidas. Basta olhar para os números mais recentes de pedidos de seguro-desemprego e a quantidade de pessoas que solicitaram o auxílio emergencial. Mas há um grupo que vem sofrendo ainda mais perdas financeiras com o coronavírus: jovens.
Aos dados. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de um em cada seis jovens deixou de trabalhar desde o início da pandemia e 23% tiveram redução nas horas trabalhadas. No Brasil, a situação não é diferente. Confira na reportagem de Fernanda Trisotto por que a crise econômica fez os jovens perderem mais renda de trabalho que os "mais velhos".
Utilidade pública
Atualização. Se mantiver a média de casos confirmados de Covid-19 nos últimos dias, que variou entre 20 mil e 40 mil, o Brasil atingirá 1,9 milhão de casos nesta terça-feira (14). Conforme o último boletim do Ministério da Saúde, o país registrou 1.884.967 infectados e 72.833 mortes pela doença. Em 24 horas, foram 20.286 novos diagnósticos e 733 óbitos. Aproveite e leia na reportagem de Camila Abrão como o risco da baixa testagem em presos que se estende para fora das celas.
No Sul. O Paraná foi o primeiro dos três estados do Sul a atingir mais de mil mortes pela Covid-19, veja detalhes na reportagem de Roger Pereira. Só a capital, Curitiba, passou de 10 mil diagnósticos da doença. O Rio Grande do Sul também está próximo da marca paranaense: tem 995 óbitos por coronavírus, enquanto Santa Catarina tem 497. Os dados são referentes a esta segunda (13).
Anti-coronavírus. Já ouviu falar no teste de olfato para rastrear coronavírus? Ele é melhor que o de febre; leia como funciona no texto de Amanda Milléo. Também vale a pena conhecer um estudo da USP sobre os “super-idosos” que permanecem assintomáticos à Covid-19. A equipe da Gazeta do Povo também criou um novo vídeo que mostra como está a corrida pela vacina contra a doença. Por falar no tema, a Rússia alega estar próxima de uma vacina.
Minuto Coronavírus
Política e economia
Covid rompe trégua. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e comandantes das Forças Armadas repudiaram o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que afirmou que o Exército se associou a um “genocídio” na condução do Ministério da Saúde durante a pandemia. Eles chegaram a acionar Procuradoria-Geral da República. De Brasília, Olavo Soares traz todos os lados dessa história que rompeu a trégua entre o STF e a ala militar governista. Os colunistas da Gazeta do Povo J.R. Guzzo e Rodrigo Constantino detalham o significado desse confronto.
Conoronavírus na economia. Devido à pandemia, houve inversão de prioridades na economia. Se antes a preocupação era com juros altos e gastos elevados, agora o foco é emprego e renda e, claro, saúde, segundo o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes. De Brasília, Jéssica Sant’Ana explica as novidades na pauta econômica, com menos agenda fiscal, mais emprego e renda básica. E para reformar a arrecadação, segundo o vice-presidente, General Mourão, a volta da CPMF precisa ser discutida “mais cedo ou mais tarde”.
Giro pelo mundo. Na Polônia, o presidente conservador Andrzej Duda conquistou a reeleição. As conturbadas relações Estados Unidos-China têm novos capítulos. Em retaliação às sanções dos EUA a autoridades chinesas de Xinjiang, a China impôs sanções a críticos do Partido Comunista, incluindo senadores republicanos. Já a reinvindicação de controle do Mar da China Meridional foi considerada “completamente ilegal” pelo secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo. E a popular equipe de futebol americano Washington Redskins - por pressão do “politicamente correto” - mudará de nome e abandonará a logo de um índio.
O que mais você precisa saber hoje
- Minas e Energia. Equipe econômica leva bronca por vazar dados sobre a privatização da Eletrobras
- Entrevista. Maior desafio do Brasil quanto ao saneamento começa agora, diz deputado Enrico Misasi
- Pandemia. Caixa amplia crédito para pequenas empresas via Pronampe
- Canais de vídeo. Joice, Zambelli, Gleisi e mais quatro transformam cota parlamentar em lucro no YouTube
Podcast 15 Minutos
Colunas e artigos
Ataques ao Cristianismo. Em artigo no National Review, Alessandra Bocchi mostra que cristãos temem represálias após interferência da China em Hong Kong. Além da perseguição chinesa, agora cristãos tem que enfrentar a vandalização de igrejas e estátuas nos Estados Unidos, o que ocorreu neste fim de semana. Com tantos ataques antidemocráticos no Oriente e Ocidente, o filósofo Luiz Felipe Ponde explica que torce pelo crescimento China para que os EUA saiam de um transe psicótico e ajude as democracias a recuperarem sua sanidade mental.
Pandemia política. Em novas crônicas para começar a semana, Paulo Polzonoff explica o óbvio aos exigentes progressistas: as lágrimas de Jair Bolsonaro não curam a Covid-19, e aproveita para dizer que é hora de o PT pedir perdão, e perdoar são outros quinhentos. Neste sentido, Mario Vitor Rodrigues mostra que a renúncia ao petismo teve razão de ser e mede o bolsonarismo pela mesma régua. Pulando da política para a economia, a colunista e investidora-anjo Camila Farani traz 25 dicas de ouro para continuar vendendo durante a crise do coronavírus.
Nossa visão
Aborto. O lobby pela legalização do aborto no Brasil não dá trégua. A última tentativa de embutir o assunto na legislação ocorreu nas últimas semanas, quando a Câmara dos Deputados discutia o tema da violência doméstica. Leia nossa visão sobre o tema no editorial: O lobby pelo aborto continua, mesmo na pandemia.
Quem defende mudanças na legislação sobre o aborto, seja para tornar a lei mais rigorosa, seja para torná-la mais branda, precisa estar disposto a debater o tema de forma aberta e aprofundada, levando em conta as duas vidas – a da mãe e a do bebê. Só será possível modificar a legislação sobre o aborto com um debate franco sobre o artigo 128 do Código Penal.
Para inspirar
Algo de bom. Em meio à pandemia, hotéis passaram a atender a população em situação de vulnerabilidade social de Curitiba. O projeto, que traz faturamento aos empresários do setor hoteleiro, pode continuar no pós-Covid-19; leia no texto de Jean Pecharki.
Tenha uma ótima semana!
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