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Bom dia!

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Nesta terça (16), Alexandre de Moraes ordenou buscas em dez endereços para apurar supostas fake news contra o Supremo Tribunal Federal. O ministro, além disso, mandou bloquear as redes sociais de sete investigados. O recado é claro – e preocupante: é melhor pensar duas vezes antes de usar o Twitter para chamar o STF de “quadrilha” ou de “máfia”, acusações que constam do despacho de Moraes.

Se você está achando estranho que os ministros do STF tenham o papel de investigar qualquer coisa, não é o único. Foi defendendo justamente a separação entre quem investiga e quem julga que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidiu arquivar ontem o inquérito que Dias Toffoli, o presidente da corte, abriu em março para investigar fake news contra os ministros – é dentro do contexto desse inquérito que estão os mandados de busca e a censura à revista Crusoé.

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a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) protocolou um mandado de segurança pedindo a suspensão do inquérito. Para a entidade, se trata de “claro abuso de poder” e da criação de um “verdadeiro tribunal de exceção”.

Moraes, porém, reagiu à decisão de Dodge e gastou quatro páginas para deslegitimar o arquivamento da ação, declarando-o inconstitucional e ilegal. Mas a série de arbitrariedades de Moraes e Toffoli não passou nem um pouco despercebida pelo Congresso. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), o mesmo que assina a proposta da CPI da Lava Toga, protocolou um pedido de impeachment contra os dois ministros.

A revista Crusoé recorreu ao próprio STF para tentar reverter a censura imposta por Moraes. Quem vai analisar o pedido é o ministro Edson Fachin, que já é relator de uma ação ajuizada pela Rede Sustentabilidade que questiona a legalidade do inquérito aberto por Toffoli.

Acalmando os ânimos

Ainda nesta terça, o governo anunciou uma série de medidas para atender as demandas dos caminhoneiros – e evitar uma nova greve. Jéssica Sant’Ana conta quais são. O governo, porém, jura que não é refém da classe. Rodrigo Constantino se pergunta se os caminhoneiros não estão para o bolsonarismo como o MST estava para os governos petistas.

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Notre-Dame, de pé

Um dia após o incêndio que atingiu a Catedral de Notre-Dame, a França começou a avaliar os estragos e a investigar as causas da tragédia que destruiu parcialmente a icônica construção gótica. A ajuda financeira para a reconstrução tem vindo de todo o mundo – mais de US$ 700 milhões em doações privadas foram prometidos. O principal vitral da catedral, a Rosácea do Meio-Dia, um monumental conjunto realizado em 1260, sobreviveu ao fogo. No editorial desta quarta (17), a Gazeta do Povo reflete sobre o incêndio:

Tragédias como a de Notre-Dame e a do Museu Nacional devem servir para despertar as consciências sobre os valores fundamentais da civilização e do que se pode fazer para preservá-los.

Falando em França, hoje é Dia Mundial do Malbec – a variedade de uva francesa que se deu melhor na Argentina do que na Europa e conquistou o paladar dos brasileiros. No Bom Gourmet, Guilherme Grandi conta a história do vinho, explica por que ele é tão popular no Brasil e aponta quais são as garrafas mais procuradas.

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Na dianteira

Enquanto o projeto de lei sobre o homeschooling, ou educação domiciliar, ainda não começa a tramitar no Congresso, uma cidade brasileira optou por regulamentar a prática em nível municipal. É a primeira vez que isso acontece. Isabelle Barone conta como nessa cidade e por todo o Brasil famílias se organizam para legitimar a modalidade.

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Um futuro diferente

Uma pesquisa de Harvard apontou que crianças que crescem em um ambiente familiar afetivo são significativamente mais bem-sucedidas no futuro. Essa é, aliás, a chance de ouro que uma criança disponível para adoção ganha quando é acolhida por uma família. No Sempre Família, Lorena Maria Lafraia explica como preparar as crianças para a chegada de um filho adotivo.

Tenha uma excelente quarta-feira!