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E ainda: megaepidemia e isolamento

Guedes avalia prorrogar programa de redução de salários. Aglomeração pela vacina. Greve dos caminhoneiros

Programa que autoriza suspender contratos de trabalho e redução de jornada e salários pode voltar em 2021.
Programa que autoriza suspender contratos de trabalho e redução de jornada e salários pode voltar em 2021. (Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo)

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Para começar este resumo de notícias. Criado em abril do ano passado, como medida de combate à pandemia, o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda pode ser prorrogado em 2021. A iniciativa que autoriza a redução de jornada e salário e a interrupção de contratos de trabalho nas empresas, com compensação salarial por parte do governo aos trabalhadores, voltou ao debate após queixas de empresários.

Em estudo. O presidente Jair Bolsonaro disse, ainda na quarta (27), que avalia medidas de apoio para o bares e restaurantes. Contudo, o Ministério da Economia, de Paulo Guedes, avalia a retomada para todos os setores econômicos. Correspondente em Brasília, Jéssica Sant’Ana revela o que o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, revelou sobre a possível retomada do programa.

O que mais pode ser feito? Além do programa de manutenção de emprego, medidas como o auxílio emergencial e outras iniciativas de combate à pandemia na economia provocaram rombo nas contas públicas de R$ 743,1 bilhões em 2020, segundo o Tesouro Nacional. E agora em 2021? Veja na reportagem de nossa correspondente 7 medidas que o governo estuda adotar para aquecer a economia e impedir a alta do desemprego.

Utilidade pública

Vacinação e reabertura. Enquanto denúncias de fura-fila da vacina contra Covid-19 se espalham, em Curitiba o problema é a aglomeração de profissionais de saúde na fila espera; confira na reportagem de Marcos Xavier Vicente a situação e o que diz o prefeito,  Rafael Greca, que autorizou o retorno da cidade à bandeira amarela. Por falar em vacinas, a Alemanha não quer imunizar maiores de 65 anos com a vacina de Oxford por “dados insuficientes”.

Megaepidemia e isolamento. Nesta quinta-feira (28), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta alertou para o risco de o Brasil enfrentar uma megaepidemia, ao avaliar a variante da Covid-19 identificada no Amazonas e comentou o fechamento de aeroportos pelo mundo para brasileiros. Veja o que disse o ex-ministro. Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer críticas às medidas de isolamento adotadas por governadores, e afirmou que o confinamento leva à miséria.

Alerta e avaliação. Secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo alertou que a variante de coronavírus identificada no Amazonas está se espalhando para o interior. “Vamos precisar de mais oxigênio”, disse. Já um estudo do Lowy Institute, da Austrália, apontou o Brasil como o pior país em ações contra a pandemia, e destacou a Nova Zelândia como o melhor no combate à Covid-19. México, Colômbia, Irã e Estados Unidos também tiveram notas baixas. O estudo que avaliou 98 países; confira.

Atualização. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 61.811 diagnósticos do novo coronavírus e 1.386 em 24 horas. Com isso, o total de casos ultrapassou 9 milhões de contaminados; veja os dados completos.

Política e economia

Greve dos caminhoneiros. A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) enviou ao governo federal uma lista de exigências para recuar em uma paralisação pré-agendada para começar dia 1º de fevereiro. O documento foi obtido com exclusividade pelo correspondente em Brasília Rodolfo Costa. O governo federal já cedeu em pelo menos um dos pontos. Entenda o que os caminhoneiros querem para desistirem da greve, além da redução do preço do diesel.

Eleições no Congresso. O presidente Jair Bolsonaro fez campanha no Nordeste a favor de Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo presidente nas eleições da Câmara, dia 1º de fevereiro. Lira, contudo, nega que haverá interferência do Executivo se eleito. Veja o que pensam os candidatos ao comando do Congresso sobre CPIs que podem atingir o governo. O correspondente Rodolfo Costa mostra ainda que as bancadas não estão fechadas quanto a apoiar Lira ou Baleia Rossi (MDB-SP): é o caso da bancada da bala; confira.

Giro pelo mundo. Nos EUA, o presidente Joe Biden assinou novos decretos. Um deles suspende novas concessões federais para petróleo e gás, em outros reforçou o Obamacare e facilitou financiamento de ONGs que promovem aborto. Por outro lado, entrou em vigor na Polônia a proibição quase total do aborto, enquanto em Honduras o congresso local restringiu leis pró-aborto; entenda no texto de Rafael Salvi.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Debates pandêmicos. Em sua nova coluna, o jornalista J.R. Guzzo avalia que o Brasil não é um exemplo mundial de incompetência na pandemia. Em seu novo vídeo e coluna, Guilherme Macalossi destaca: A vachina de João Doria virou a “vacina do Brasil”.  Em entrevista à editora Maria Clara Vieira, o doutor em economia italiano Francesco Bianchi opina: “A ideia de fechar tudo para salvar vidas precisa ser refinada”. E é importante também avaliar a educação em tempos de pandemia. Enquanto isso, no Vosso Blog de Comida, Jussara Voss apresenta saídas para os restaurantes durante as restrições, incluindo mesas nas ruas.

Nossa visão

Privatizações lentas. A equipe econômica perdeu mais um defensor ferrenho das privatizações. Wilson Ferreira Junior está deixando a presidência da Eletrobrás, cargo para o qual foi nomeado ainda no governo de Michel Temer e que ocupará até 5 de março. Depois, o executivo deve assumir a BR Distribuidora, enquanto o seu sucessor na Eletrobrás será escolhido por meio de uma empresa especializada – e já existe briga entre a ala do governo que deseja mais um militar. Tema para nosso editorial: A mudança na Eletrobrás e a lentidão das privatizações.

No caso das privatizações nem mesmo o escrito serve para convencer o mercado, a julgar pela reação nula das bolsas a notas como a do Ministério de Minas e Energia. A essa altura, só existe um tipo de texto que demonstraria compromisso com o enxugamento do Estado: um projeto de lei bem escrito, devidamente relatado, aprovado pelo Congresso, transformado em lei e sancionado pelo presidente da República. E isso Brasília tem sido incapaz de entregar.

Para inspirar

Aulas. Alguns estados estão com a volta às aulas programadas para fevereiro e março. Outros permanecem sem aulas. Mas o que fazer neste momento? A psicopedagoga especialista em Educação Especial Luciana Brittes comenta sobre a alfabetização em tempos de pandemia e por que os pais estão preocupados: o processo de alfabetização vai coroar a estimulação do desenvolvimento da criança.

Aproveite o fim de semana para colocar suas leituras da Gazeta do Povo em dia!

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