Bom dia!
Rodrigo Maia (DEM) está otimista: o presidente da Câmara dos Deputados acredita que a reforma da Previdência será aprovada até o início de julho. Ele disse ainda que o centrão, hoje tratado de forma pejorativa, pode ser considerado amanhã como o bloco que salvou o Brasil – e acenou para a possibilidade de instituir o parlamentarismo no país, mas não a curto prazo.
O prazo para a apresentação de emendas à reforma da Previdência terminou na quinta (30). Foram nada menos do que 277 propostas. Camila Abrão lista e resume todas elas.
No editorial desta terça (4), a Gazeta do Povo comenta algumas das emendas e delineia a missão que o relator, Samuel Moreira (PSDB), tem a partir de agora:
Seu desafio, nestes poucos dias que ele mesmo se deu para redigir seu parecer, é analisar as demandas e encontrar mudanças que possam aperfeiçoar a reforma da Previdência, tornando-a mais justa socialmente, enquanto mantém duas características fundamentais: o caráter igualitário da proposta e a economia estimada em mais de R$ 1 trilhão nos próximos anos, essencial para que o país consiga se afastar do abismo fiscal.
Nada menos do que 45% das emendas apresentadas discutem a desconstitucionalização da Previdência, um item que o governo considera fundamental, mas que vai dar trabalho para ser aprovado. Jéssica Sant’Ana explora qual seria o impacto de tirar as regras da Previdência da Constituição.
- Maia tem defendido pôr um fim na farra das medidas provisórias – que nem de longe é exclusividade de Jair Bolsonaro (PSL). O recurso, que deveria ser usado apenas em casos de urgência, é expediente comum da Presidência da República desde a Constituição de 1988. Luan Sperandio conta a curiosa história de como esse instrumento, típico de regimes parlamentaristas, foi parar na Carta Magna.
- Nesta quarta (5), Bolsonaro dá início à sua primeira visita à Argentina como presidente. Mauricio Macri foi o primeiro chefe de Estado a visitar o Brasil após a posse de Bolsonaro. Entre os temas sobre os quais os dois devem conversar estão a reforma do Mercosul e a possibilidade de construir duas hidrelétricas binacionais. Giorgio Dal Molin explica em que ponto está o debate dessas duas questões.
- Um laboratório da Universidade Federal de Goiás (UFG) que desenvolveu testes farmacêuticos confiáveis sem o uso de cobaias já recebeu uma série de premiações – uma delas, obtida na Inglaterra no ano passado, contemplou o laboratório com cerca de R$ 255 mil. Mas a burocracia excessiva em torno das universidades federais não tem deixado a UFG encostar nesse dinheiro. Quem detalha o caso é Gabriel de Arruda Castro.
O papel das instituições
Pedro Menezes parte da obra do economista Douglass North para refletir sobre a relação entre a saúde das instituições e o crescimento econômico. Vale a leitura:
Boas instituições são aquelas em que o preço do trabalho honesto é menor que o da trapaça. Quando a produção de riqueza é mais vantajosa que a extração do que foi produzido por terceiros, a sociedade como um todo tende a ficar rica.
O sol não brilha para todos
A Procuradoria Geral do Município de Curitiba decidiu nesta segunda (3) arquivar a sindicância interna que apurava uma possível relação entre peças do acervo que sumiram da histórica Casa Klemtz e objetos que apareceram na chácara do prefeito Rafael Greca (DEM). Márcio Miranda dá os detalhes.
Se Greca se livrou de uma dor de cabeça, a família Richa não teve um dia muito bom. Na Operação Rádio Patrulha, um juiz negou o pedido do ex-governador Beto Richa (PSDB) e do seu irmão Pepe de levar a ação para a Justiça Eleitoral. Já na Operação Integração, o primo do tucano, Luiz Abi Antoun, finalmente se apresentou – ou quase. A apuração é de Catarina Scortecci.
- Você conhece o Museu Oscar Niemeyer (MON) – conhecido como “Museu do Olho” –, não é? O que você talvez não saiba é que Porto Alegre já teve uma construção bastante similar à do museu curitibano. Sharon Abdalla, da HAUS, conta a história da edificação, explica por que ela não existe mais e responde: o MON é uma cópia?
Pelo mundo: Paquistão, China, Inglaterra
A Gazeta do Povo publica um artigo do cardeal paquistanês Joseph Coutts sobre o cenário da minoria cristã em seu país. Coutts perpassa a história do Paquistão para explicar como o fundamentalismo de matriz islâmica criou raízes por lá:
Embora a Lei da Blasfêmia tenha a intenção de proteger a honra de Maomé e do livro sagrado, ela pode ser facilmente usada de maneira imprópria. É muito fácil para um muçulmano acusar alguém de blasfêmia. Em muitos casos, trata-se de uma acusação infundada, mas o acusador usa a lei como meio de vingança por motivos pessoais. E, quando o acusado é cristão, a ira dos fanáticos é derramada contra toda a comunidade.
- Nesta terça, completam-se 30 anos do massacre da Praça da Paz Celestial, promovido pelo governo chinês contra manifestantes pró-democracia. No domingo (2), o ministro da Defesa do país, Wei Fenghe, chamou o massacre de "política correta".
- Pompa e insultos: veja como foi o primeiro dia da visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Reino Unido, marcado pelo banquete com a rainha Elizabeth II.
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Pula fogueira
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