Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
E ainda: Inquérito das Fake News

O alerta de uma segunda onda de Covid e a abertura do comércio no Brasil

Pequim e o temor de uma segunda onda da Covid-19
Pequim e o temor de uma segunda onda da Covid-19: surto de coronavírus no mercado Xinfadi levou autoridades a isolarem o local e, posteriormente, decretarem lockdowns em bairros da capital. (Foto: GREG BAKER / AFP)

Ouça este conteúdo

Para começar esse resumo de notícias. O Brasil ainda não tem data para sair da chamada primeira onda de coronavírus, mas o alerta já foi ligado no outro lado do planeta. Se a pandemia começou em Wuhan, agora o cenário da segunda onda de Covid-19 na China é Pequim. A capital chinesa aumentou o estado de emergência por um novo surto: escolas voltaram a fechar e 1,2 mil voos foram cancelados.

Comércio nos EUA. Além da segunda onda de Covid-19 na China, seis estados dos Estados Unidos tiveram recordes de novos casos de coronavírus: Texas, Oklahoma, Flórida, Arizona, Oregon e Nevada (confira a situação nas principais regiões do mundo). Chama atenção, contudo, a reação econômica norte-americana. As vendas no varejo tiveram aumento recorde de 17,7% em maio – uma consequência das baixas de abril e março, consideradas o pior período segundo o Departamento e Comércio norte-americano.

Comércio no Brasil. Vários estados brasileiros fazem a reabertura gradual do comércio mesmo com o aumento dos números da Covid-19. Mas as vendas podem não responder à altura. Medida pelo IBGE, a Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada terça (16), apontou queda de 16,8% em abril ante março, o patamar mais baixo da série histórica. Comparada à receita varejista no mesmo mês em 2019, a queda foi de quase 14%. O resultado apontado pelo IBGE para maio ainda será fechado, e determinará qual será o pior mês do ano até aqui. Já o setor de Serviços caiu 11,7% em abril.

Transferência de responsabilidades. Nesse cenário de tentativas de reabertura, várias cidades do Paraná, por exemplo, voltaram atrás e endureceram restrições, e a Grande Curitiba deve emitir um decreto único. Em outros estados, como São Paulo, fica cada vez mais evidente a tentativa de transferência responsabilidades na fiscalização sanitária. Confira no texto de Camila Abrão como as cidades estão reabrindo em meio um jogo de “empurra-empurra” e vendas ruins.

Podcast 15 Minutos

Utilidade pública

Atualização. Pelo segundo dia consecutivo o Brasil superou 1,2 mil registros de mortes por coronavírus. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram 1.269 mortes e 32.188 novos infectados. Veja os números totais.

Novas regras trabalhistas. Após, na terça (16), o Senado aprovar a ampliação do período de suspensão de contratos de trabalho e a redução de jornada e salários, nesta quarta (17), a Câmara aprovou o texto da MP que flexibiliza regras trabalhistas durante a pandemia do novo coronavírus, confira o que muda na reportagem de Jéssica Sant’Ana, correspondente em Brasília.

Remédios contra coronavírus. Após a divulgação de um remédio para pacientes graves de Covid-19, a dexametasona, pela 2ª vez, Organização Mundial de Saúde (OMS) suspendeu testes com hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19. Há ainda um estudo brasileiro que testa a própolis contra o coronavírus; leia na reportagem de Rosana Felix.

Minuto coronavírus

Política e economia

Inquérito das fake news. Em Brasília, o correspondente Olavo Soares acompanhou a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que avaliou o pedido de arquivamento do inquérito das fake news, que apura ameaças, ofensas e notícias falsas contra os ministros da Corte. O plenário manteve o inquérito, o que deve provocar um aumento da tensão com o Executivo. Em discurso incisivo, o relator do inquérito, Alexandre de Moraes, afirmou: “Liberdade de expressão não é liberdade de agressão”. Aproveite e saiba tudo sobre o inquérito que investiga o financiamento de atos anti-democráticos, que coloca deputados bolsonaristas na berlinda.

O futuro de Abraham Weintraub.  O STF também decidiu pela manutenção do ministro da Educação no inquérito das fake news. A saída – por pressão de adversários políticos e do Judiciário – parece próxima. Desde já, a editora de Educação, Denise Drescel revela o que Weintraub fez até agora no MEC e o que deve ocorrer após a queda.

Na economia. Nesta quarta, a Ministério da Agricultura anunciou R$ 236,3 bilhões para financiar o Plano Safra 2020/2021; o valor é 6% maior que em 2019. Perto dali, o Banco Central cortou a Taxa Selic: de 3% para 2,25%. Como resultado imediato, o Ibovespa subiu 2,1%. E uma informação para autônomos: quem teve auxílio emergencial negado pode contestar via Defensoria Pública. Já quem tem dívida ativa com a União poderá renegociar caso comprove menor capacidade de pagamento por conta da pandemia.

Entrevista exclusiva. Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, concedeu uma entrevista exclusiva à correspondente Jéssica Sant’Ana nesta quarta-feira (17) por videoconferência. Ele fica no cargo de secretário do Tesouro até o fim de julho. Confira o que Mansueto pensa sobre seu substituto, ajuste fiscal, agenda de reformas e a atual situação dos estados.

O mais importante de ontem no Brasil

Colunas e artigos

Tecnologia e pobreza. A Equipe Gazz Conecta, da Gazeta do Povo, traz todos os detalhes do WhatsApp Pay, que permitirá efetuar pagamentos pelo aplicativo de mensagens. Especialista em Inovação, o consultor Bruno Dreher explica um pouco mais sobre esse modelo revolucionário de negócios. E se por um lado a tecnologia reduz barreiras, a pandemia deve provocar um novo abismo social. Célio Martins revela: o novo coronavírus pode colocar mais 16 milhões de pessoas em extrema pobreza na América Latina e Caribe em 2020.

Distanciamento, protestos e conflito bélico. Em artigo traduzido pela editoria Ideias, Rich Lowry, editor da National Review, revela por que as regras seletivas de distanciamento social são uma das maiores fraudes do nosso tempo. Tiago Cordeiro mostra como os protestos atuais repetem a violenta estratégia chinesa de apagar a história. Por falar na China, a editora de Mundo Isabella Mayer explica o confronto entre indianos e chineses e outras perguntas sobre a disputa territorial na Ásia.

Nossa visão

Economia exposta a doenças. Um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) chamou a atenção para os riscos econômicos de uma segunda onda da epidemia. Mas não de saúde; econômica. Segundo as projeções da entidade, o PIB brasileiro deve encolher 7,6% neste ano e crescer 5,2% em 2021. Mas há riscos à frente. Tema para editorial da Gazeta do Povo; leia agora: Economia segue exposta à Covid-19 e a outras velhas doenças.

O país ainda não fez todas as reformas que trariam um aumento de competitividade – questões como a independência do Banco Central, marcos regulatórios dos setores de saneamento e gás, além das reformas tributária e administrativa que precisam voltar a andar. O crescimento “roubado” pelo coronavírus é apenas uma síntese das dificuldades que o país precisa superar para encontrar o rumo do crescimento sustentado.

Para inspirar

Por um país melhor. Em 2012, o casal Marcos e Ingrid Mendes já eram pais de três jovens. Ingrid estava decidida a deixar para trás o sonho antigo da adoção. Tudo mudou quando Marcos viu um cartaz sobre a guerra no Iraque. Foi o gatilho da adoção, mas sem atravessar o mundo. Leia essa história na reportagem de Jean Pecharki.

Tenha um ótimo dia!

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.