Para começar este resumo de notícias. A quinta-feira na CPI da Covid teve o depoimento do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mas quem roubou a cena no debate foi seu antecessor, Eduardo Pazuello. O ex-ministro alegou não poder depor na quarta-feira (4) por estar isolado após manter contato com pessoas infectadas com a Covid-19. Na manhã de ontem, porém, ele recebeu a visita do ministro Onyx Lorenzoni. Irritados, senadores propuseram que Pazuello seja alvo de “condução coercitiva”, ou seja, que compareça obrigatoriamente à comissão. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que pedirá um teste de Covid ao ex-ministro.
Explicações. O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, que iria depor na quinta, teve seu depoimento adiado para a próxima semana. Já o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) pretende convocar a Abin para explicar falas do presidente Jair Bolsonaro sobre a China.
Autonomia. Quanto ao depoimento de Marcelo Queiroga, o ministro disse que não recebeu orientação sobre cloroquina e que o presidente garantiu autonomia para comandar a pasta. Olavo Soares conta como foi o depoimento.
Utilidade pública
Auxílio emergencial. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, anunciou mais uma leva de beneficiários do auxílio emergencial 2021. De acordo com ele, 206 mil pessoas foram incluídas e terão direito ao recebimento. Já o BEm, programa que permite a redução de jornada e corte de salários, deve gerar R$ 3,5 bilhões em compensações aos trabalhadores atingidos.
Patente de vacinas. Após o governo dos EUA defender a quebra de patentes para vacinas contra a Covid-19, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Alberto de Franco França, disse que o governo não mudou de posição sobre o assunto. Mas, afinal, a quebra de patentes pode ampliar o acesso global às vacinas? Helen Mendes responde.
Atualização. O Brasil registrou na quinta mais 2.550 mortes por Covid-19 e 73.380 novos casos da doença, segundo boletim do Ministério da Saúde. Ao todo, o Brasil já contabiliza 15.003.563 diagnósticos positivos e 416.949 óbitos. Quanto à vacinação, até o momento foram imunizados 31.265.483 com a primeira dose e 14.920.206 com a segunda.
Política e economia
Lei de Segurança Nacional. Após ser aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto que revoga a Lei de Segurança Nacional (LSN) e cria regras para definir quais são os crimes contra a democracia aguarda para ser votado no Senado. Wesley Oliveira explica por que o Congresso tem pressa em revogar a LSN, usada tanto contra aliados quanto opositores do presidente Jair Bolsonaro.
Terceira via. Enquanto Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ensaiam uma polarização da disputa presidencial de 2022, lideranças políticas tentam costurar uma candidatura única de centro para consolidar uma terceira via. Entre os nomes citados aparecem os do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa e do apresentador Danilo Gentili. Wesley Oliveira conta quem mais está no páreo.
Giro pelo mundo. O Senado do Texas, nos Estados Unidos, aprovou uma proposta de lei que permitirá o porte de armas de fogo sem necessidade de licença, verificação de antecedentes ou treinamento. O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, convocou as mulheres do país a serem “eternas cozinheiras” pela revolução.
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Esporte. Pfizer-BioNTech anuncia acordo com COI para vacinar atletas dos Jogos de Tóquio
Colunas e artigos
Desafios da educação. Para a OCDE, não basta mais apenas ler para ser alfabetizado. É preciso compreender a diferença entre fato e opinião, saber detectar fake news, manipulação e golpes digitais, como mostra Madeleine Lacsko. Em artigo, o jornalista Fred Lucas lista sete maneiras pelas quais Joe Biden quer tornar os Estados Unidos mais parecidos com a Califórnia.
Nossa visão
Alta dos juros. Na tentativa de controlar uma inflação ainda em alta, mas sem provocar grandes solavancos na economia, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) aumentou mais uma vez a Selic em 0,75 ponto porcentual, subindo a taxa básica de juros para 3,5% ao ano. Tema para o nosso novo editorial: O aperto monetário ainda não acabou.
Apesar de o comitê seguir empregando praticamente o mesmo palavreado há muitos meses a respeito da continuidade das reformas, tratando este processo sempre na condicional, o fato é que, a esta altura, pode-se contar muito pouco com a saúde fiscal brasileira como fator de estabilidade ou futuro novo ciclo de redução na Selic.
Para inspirar
Liderança feminina. Líderes que conseguem administrar vários processos ao mesmo tempo fazem a diferença em meio à crise. E as mulheres se destacam quando o assunto é usar habilidades interpessoais para administrar os problemas, como mostra Rossana Bittencourt, do Sempre Família. Aproveite o fim de semana para colocar em dia suas leituras da Gazeta do Povo!
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A gestão pública, um pouco menos engessada
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