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Bom dia!

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Com o Brasil caminhando rumo à normalidade e os nervos mais frios, é preciso reconhecer: uma greve do tamanho da que parou o país não se improvisa. Rosana Félix elencou nove fatores, desdobrados em 11 gráficos, que ajudam a compreender as razões do estrago. Spoiler: não é só o diesel.

A conta vai chegando: para compensar o subsídio ao diesel, o governo vai onerar alguns setores e cortar recursos da saúde, da educação, da segurança nas estradas e da infraestrutura.

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Baixa. De um jeito ou de outro, sobrou para o agora ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente. Sob pressão desde a eclosão da greve, Parente resolveu entregar o cargo diante das movimentações no Planalto e no Congresso para reduzir o preço da gasolina e do gás. Até os R$ 100 bilhões do leilão dos barris de petróleo excedentes do pré-sal estão na mira.

Reações. Não por acaso, o mercado reagiu fortemente à saída de Parente, que bancou medidas impopulares para sanear, com sucesso, o rombo da Petrobras. Na tentativa de acalmar os ânimos, o presidente Michel Temer (MDB) confirmou rapidamente Ivan Monteiro no comando da estatal.

Futuro. Kelli Kadanus explica os cinco principais desafios diante do novo presidente.

O que significa tudo isso

Guido Orgis visita diferentes visões sobre uma empresa e os interesses conflitantes na gestão da Petrobras. E avisa:

A empresa não serviria melhor ao país mesmo se desse diesel e gasolina de graça

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André Gonçalves revisita a trajetória do governo para explicar por que a demissão de Parente é a cara do Brasil que odeia dar certo:

Parente pediu para sair simplesmente porque fez o que estava ao seu alcance para cumprir uma missão dificílima

A Gazeta do Povo, em Editorial de sábado (02), analisa as críticas que Parente recebeu, expõe um balanço dos dois anos de gestão da Petrobras e alerta:

O que não pode ocorrer, em hipótese alguma, é um retorno à interferência política agressiva e ao represamento artificial dos preços da Petrobras. Não é pondo em risco a saúde da empresa ou onerando o Tesouro com ressarcimentos excessivos que se resolverão as distorções no mercado de transporte – pelo contrário, essa política sustentará uma oferta artificialmente aquecida, perpetuando as distorções que estão na base da atual crise.

Democracia

Ao longo dos dez dias de paralisação, a Gazeta do Povo se posicionou diversas vezes pela moderação e pelo respeito à boa convivência democrática, que exige, sempre, o respeito aos direitos dos outros no momento de reivindicar os próprios. No Editorial de hoje, o jornal comenta o ressurgimento dos pedidos por “intervenção militar” – e o que isso tem a ver com confiança e conhecimento político:

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Quando falta conhecimento político às pessoas, falta a elas a capacidade de formular adequadamente suas demandas de acordo com as “regras do jogo” e, no fim das contas, os cidadãos acabam presos entre a apatia total e o desejo de se posicionar “contra tudo que está aí”. Quando falta confiança, falta a motivação para agir e buscar soluções conjuntas em espírito de boa-fé, e sobram o excesso de regulação, a burocracia e regras inflexíveis

Já pode pedir música?

Michel Temer resistiu à greve, mas resistirá a uma terceira denúncia no Congresso Nacional? Débora Álvares analisa a ameaça que ronda o presidente.

Vai faltar toalha

E, desgastado, tudo indica que o governo não vai conseguir privatizar a Eletrobras. O Congresso tem outras prioridades.

Não pense em crise...

Documentos encontrados pela polícia apontam um faturamento mínimo de R$ 400 milhões pelo PCC, em cinco países, e até com atuação de doleiros. Estimativas variam entre uma e quatro as toneladas de drogas exportadas por mês pela organização criminosa usando portos brasileiros.

Novidade

Você acha que a Justiça brasileira é imprevisível? Não a Trabalhista: um estudo do Insper, com base nas sentenças do maior TRT do país, mostrou que trabalhadores que ingressaram com ações venceram suas causas parcial ou totalmente em 88,5% dos casos.

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Já o Tribunal Superior do Trabalho (TST) está longe de chegar a um consenso sobre os pontos questionados na Reforma Trabalhista. Enquanto isso, o país sofre com os custos da insegurança jurídica.

Protagonismo

Um projeto realizado na Zona Norte de São Paulo fez com que as as próprias cidadãs avaliassem os espaços públicos, criando em conjunto soluções que abrangem tanto a segurança das mulheres como a mobilidade sustentável:

A principal lição que a gente quer passar para as cidades é o processo participativo, para que políticas públicas sejam mais eficazes em diferentes territórios

Na Espanha

Pela primeira vez em quarenta anos de democracia, um voto de desconfiança derrubou um primeiro-ministro espanhol. Mariano Rajoy foi afastado do cargo em razão do escândalo de corrupção que assola seu partido. Rajoy foi substituído por Pedro Sánchez, de 46 anos, líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

Na Itália

Filippo Tronconi, professor de ciência política na Universidade de Bologna, analisa o que impasse na formação do governo anti-establishment italiano ensina sobre a encruzilhada europeia.

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Nos Estados Unidos

A autoridade de defesa da concorrência autorizou a fusão das empresas brasileiras Fibria e Suzano Papel e Celulose, um passo adiante na criação da maior empresa de celulose do mundo.

E as autoridades investigam o intrigante caso da alface que já matou cinco pessoas e contaminou outras 200 em 30 estados americanos.

Na Nicarágua

O presidente e ex-guerrilheiro Daniel Ortega reprime violentamente a população. Mais de 100 pessoas já morreram em confrontos com o governo.

No Vietnã

Sem saber escrever uma palavra, esta mulher fala cinco idiomas, emprega 24 funcionárias e tem duas medalhas dadas pelo governo:

Pode-se dizer que a proficiência no idioma em regiões tão pobres é resultado de dois fatores: o incentivo governamental, que auxilia economicamente a educação [...] O segundo ponto fundamental é o interesse pessoal dos cidadãos.

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No Paraná

Ferrovias. Depois de escancarada a dependência brasileira do setor rodoviário, um problema que é ainda mais grave no Paraná, Felippe Aníbal responde a quantas anda o projeto da nova ferrovia entre Paranaguá e Mato Grosso do Sul.

Quem ganha.  No Pequeno Expediente, Euclides Lucas Garcia e Rogerio Galindo analisam quem sai na frente com a crise dos caminhoneiros. Aproveite os afazeres matinais para escutar.

Quem perde. Adivinha? Paraná é o estado mais afetado por corte em obras rodoviárias para subsidiar o diesel.

Em Curitiba

Subiu. Os combustíveis estão mais caros na cidade. Gasolina e etanol estão sendo vendidos, em média, a valor 11% superior ao registrado antes da paralisação dos caminhoneiros

Fim. Sandro Moser, do Guia, esteve locadora Video 1 em seu último dia de funcionamento, após 38 anos. Ela chegou a ter 34 mil filmes no acervo.

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Uma ótima semana a todos!