O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a prioridade do Brasil neste governo será a busca do crescimento econômico aliado a sustentabilidade fiscal e ambiental. As declarações foram feitas durante rápida conversa com jornalistas na chegada dele a Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico. Haddad declarou que o governo brasileiro levará três recados para a comunidade internacional que são o respeito à democracia, sustentabilidade fiscal com justiça social e reindustrialização com sustentabilidade ambiental. Ele falou ainda que o Brasil tem o compromisso em dar suporte às jornadas democráticas que o mundo está vivendo, sobretudo na América do Sul e reforçou o combate a todo o tipo de extremismos. Ele destacou o impacto simbólico dos atos de vandalismo ocorridos em Brasília no 8 de janeiro e afirmou que a rapidez na resposta das instituições brasileiras aos acontecimentos deu maior credibilidade ao país. O ministro citou, também, o combate ao desmatamento e o investimento em energias renováveis como um compromisso histórico do país.
Reforma tributária deve acabar com IPI
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que a próxima meta do governo Lula (PT) é zerar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) com a implantação da reforma tributária. As declarações foram feitas durante a participação dele na primeira reunião do conselho da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Segundo Alckmin, apenas a reforma tributária fará com que o PIB do Brasil cresça e traga maior eficiência para a indústria. Para ele é preciso aprovar a Proposta de Emenda Constitucional logo primeiro ano de mandato para aproveitar a legitimidade do processo eleitoral e avançar rápido. Alckmin afirmou ainda que o governo pretende criar um modelo de financiamento para as exportações do país que, segundo ele, perderam uma grande fatia do mercado para a China, mas não entrou em detalhes sobre como isso funcionaria. O vice-presidente defendeu também as discussões para aperfeiçoar a reforma trabalhista e garantiu que o presidente Lula (PT) não pretende revogar nem a reforma trabalhista e nem a reforma da previdência.
Portaria sobre aborto é revogada
A ministra da Saúde Nísia Trindade revogou portaria que previa que os médicos avisassem autoridades policiais nos casos de aborto decorrente de estupro. A decisão já foi publicada no Diário Oficial da União. A portaria cancelada, editada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, estabelecia que os profissionais da saúde deveriam “preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro a serem entregues imediatamente à autoridade policial”. Com a revogação, volta a ser mais difícil que crimes de estupro possam ser investigados e punidos. Ao mesmo tempo, é mais fácil que o aborto seja praticado em casos não permitidos em lei, sob falsas alegações de estupro. A ministra já tinha informado que iria revogar algumas medidas do governo anterior. Além disso, em seu primeiro discurso, Nísia Trindade já tinha deixado claro que atuará em defesa dos direitos sexuais e reprodutivos, isto é, a favor da legalização do aborto pelo SUS, uma antiga pauta do PT e de outros partidos de esquerda.
Padre é queimado vivo na Nigéria
Um padre da igreja católica dos Santos Pedro e Paulo, localizada na Nigéria, morreu após ser queimado vivo em um incêndio causado por invasores durante a madrugada de domingo (15). Segundo a Vatican News, o episódio ocorreu por volta das 3h, quando um grupo de invasores atacou a casa paroquial. As forças de segurança foram enviadas ao local e, ao chegarem lá, os agressores saíram da casa, incendiando-a e causando a morte do padre. Um outro padre da igreja foi ferido nas costas enquanto tentava fugir. Ele foi levado ao hospital para receber tratamento. O chefe de relações públicas da polícia do estado informou que "os bandidos tentaram entrar na residência, mas não conseguiram, e atearam fogo na casa, e o sacerdote morreu carbonizado”.
A opinião de Daniel Lopez, que escreve sobre a Venezuela e afirma que um golpe fracassado dá lugar a uma reação autoritária.
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