Bom dia!
Hoje Lula estará pela segunda vez como réu diante do juiz Sergio Moro, em Curitiba. O ex-presidente será interrogado no caso que investiga pagamento de propina pela Odebrecht na doação do terreno para o Instituto Lula. Kelli Kadanus explica os detalhes da denúncia e a estratégia da defesa, que, sem surpresa, será atacar a Lava Jato e reclamar de perseguição política.
No caso tríplex do Guarujá, em maio, foi assim. Com o bônus lastimável de responsabilizar a falecida mulher Marisa Letícia. Lula acabou condenado a nove anos e meio de prisão em primeira instância, por corrupção.
O processo do Instituto tem personagens diferentes. Os principais são Marcelo Odebrecht, que disse ter negociado pessoalmete a doação do terreno; Branislav Kontic e Antonio Palocci, intermediadores pelo lado do PT. O depoimento de Palocci na semana passada, aliás, deve dar o tom do interrogatório e aproximar Lula da segunda condenação.
Fernanda Trisotto tira uma dúvida recorrente e traz um lembrete curioso sobre o depoimento: Lula não pode ser preso durante o depoimento por algo referente ao processo (a dúvida) e ele, como réu, pode mentir (o lembrete).
Também a exemplo de maio, há muito mistério sobre o roteiro de Lula em Curitiba. Se ele vem de carro, ônibus ou avião; se ele fica em hotel, na casa de amigos ou faz um bate-volta. Certo apenas que, na sede da Lava Jato, encontrará um ambiente extremamente crítico à sua figura e aos desvios do seu governo e partido. Um test drive do que enfrentará na segunda fase da sua caravana pelo país, pelo Sudeste e Sul, onde sofre maior rejeição.
Haverá pouco apoio nas ruas de Curitiba durante e depois do depoimento. Em maio, eram esperados 60 mil militantes e vieram cerca de 7 mil. Agora, a projeção é de 4 mil no ato marcado para a Praça Generoso Marques. Nem mesmo as principais lideranças petistas devem vir à cidade.
O aparato está montado. Serão cerca de mil policiais trabalhando na segurança referente ao evento, haverá bloqueio nas ruas próximas à Justiça Federal e desvio de rota de ônibus.
A Gazeta do Povo cobre em tempo real o depoimento e a movimentação em Curitiba pelo interrogatório de Lula.
Enquanto isso, em Brasília
Marcelo Miller resolveu atirar. O ex-procurador pediu à Justiça que Rodrigo Janot, de quem foi braço-direito, seja ouvido pelo STF no caso que investiga se os executivos da JBS omitiram informações no acordo de delação. Miller é acusado de fazer jogo duplo enquanto a PGR negociava a colaboração com o grupo J&F.
No Congresso, a CPMI da JBS começou "bem" (só que não). Carlos Marun (PMDB-MS), aliado de Temer, foi nomeado relator e dois deputados debandaram imediatamente, acusando a comissão de ser chapa branca.
Para completar, Temer ganhou mais um inquérito contra si. O STF autorizou a investigação à ação do presidente no decreto dos portos.
E nem bem a quarta-feira nasceu, Wesley Batista foi preso pela PF na Operação Tendão de Aquiles. Também foi expedido um segundo mandado de prisão contra Joesley Batista, encarcerado desde domingo.
Matrix
Se o núcleo político se equilibra entre denúncias, a área econômica continua trabalhando.
O governo estuda incluir mais ativos e cobrar bônus por usinas na privatização da Eletrobras. Itaipu e Angra, contudo, seguem fora do pacote, informa Flávia Pierry.
A Caixa iniciou o processo de privatização da "Raspadinha", a loteria instantânea. A expectativa é arrecadar R$ 1 bilhão.
O caminho para a retomada da economia pode ficar mais difícil com algumas “ajudas”. É o que analisa Fernando Jasper diante de parte da proposta apresentada pela Fiesp e por sindicatos para tirar o país da UTI. Em meio a elogiáveis medidas como simplificação do sistema tributário há o pedido pela concessão de mais crédito do BNDES.
Tração agrícola
De imediato, o caminho mais seguro para fortalecer a economia é o agronegócio. Estudo do Banco Santander aponta 2017 com aumento de 8,5% no PIB do setor, o que provocará uma elevação de 0,5% no PIB geral do país.
Vamos falar de Queermuseu
Da economia para a cultura. O editorial da Gazeta do Povo comenta a polêmica em torno da exposição Queermuseu, interrompida após a pressão popular levar o Santander a retirar o patrocínio que mantinha a mostra. Na nossa visão, o conteúdo da exposição foi muito além do adequado e ultrapassou os limites da liberdade artística.
Promover a exibição de conteúdo pornográfico e zombar da religião alheia pode até agradar a militância radical, mas está longe de ser a estratégia ideal para atingir o objetivo de propor uma reflexão sobre a realidade vivida pela comunidade LGBT, pois afasta em vez de aproximar.
Antoniele Luciano resgata quatro outros episódios recentes em que manifestações artísticas provocaram debates acalorados no Brasil.
De volta à economia
A Bolsa tem batido recordes nos últimos dias. Nenhuma surpresa, aponta Ricardo Amorim. "Algo normal em momentos em que a desconfiança é grande, a recuperação econômica está só começando e os sinais não são claros para a maioria", explica.
É dez, não xis
A Apple comemorou os dez anos da chegada do iPhone com o lançamento de três novos iPhones: 8, 8 Plus e X (é dez, não xis).
Quem quiser ir direto ao topo de linha já deve separar um bom dinheiro para comprar o mais caro iPhone já lançado. O X custará US$ 999 nos Estados Unidos (imagina no Brasil), tem pré-venda a partir do fim de outubro e chegada às lojas em novembro.
Neste gráfico, mostramos a evolução do aparelho ao longo dos dez últimos anos. A nova versão tem como novidade mais notável o desbloqueio de tela por identificação facial.
Biz Kunze analisa estes e outros aspectos da nova linha da Apple. E dá o veredicto esperado pelos applemaníacos: qual dos novos iPhones vale a pena comprar.
Orwell avisou
Smartphones que nos acompanham - e monitoram - 24 horas por dia são apenas uma das previsões feitas há quase 70 anos por George Orwell. Maurício Brum dá sete exemplos de que estamos vivendo, hoje, 1984, o livro.
Na contramão
O arquiteto Jaime Ortiz Mariño implementou as primeiras ciclovias recreativas em Bogotá, em 1974. Agora, o colombiano apresenta uma proposta polêmica: fechar a Avenida João Gualberto, em Curitiba, para carros e deixá-la exclusiva para o lazer.
Caiu mais um
Não será Marcelo Ferraz o secretário municipal de Urbanismo a analisar a proposta ousada. Ele foi demitido por Rafael Greca. É o oitavo secretário a perder o cargo em nove meses de gestão, contabiliza Rogério Galindo.
Reprovado
Felippe Aníbal mostra que fraude na construção de escolas no Paraná não é exclusividade dos casos investigados na Operação Quadro Negro. Em Campo Largo, uma obra de R$ 7 milhões foi paralisada há um ano por suspeita de irregularidades. O que deveria ser uma escola para atender 1,2 mil jovens tornou-se um conjunto de prédios inacabados e abandonados.
Gasta mal
O Brasil não gasta pouco com educação; gasta mal. É o que evidencia estudo apresentado ontem, pela OCDE. O governo brasileiro investe, percentualmente, mais na área do que Coreia do Sul e Noruega, países referência em políticas educacionais.
Carne de onça
Começou o 2º festival da carne de onça de Curitiba. São 37 bares servindo a iguaria.
Carne de pescoço
Kléber Gladiador irá novamente a julgamento, agora por criticar o STJD pelo julgamento em que o condenou a 11 jogos de suspensão. A pena agora pode chegar a mais seis partidas.
Carne seca
Alice Cooper vem a Curitiba no fim do mês e cumpriu o rito obrigatório a qualquer astro do rock que se apresenta por aqui: deu entrevista a Sandro Moser. Segue o recado:
Meus fãs podem esperar simplesmente tudo. Todos os hits. A guilhotina. A enfermeira louca. O gigante Frankenstein. Todos os efeitos. Um show completo.
A ciência explica
Se você para tudo que está fazendo ao ouvir um choro de bebê, pode considerar que está tendo uma reação totalmente normal. Um estudo mostra que o cérebro adulto reage duas vezes mais rápido ao choro da criança do que a outros sons. É o instinto natural de proteger nossas crianças.
Então, vamos cuidar dos pequenos e ótimo dia a todos.
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