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Vacina indiana Covaxin contra Covid
Vacina indiana Covaxin contra Covid é desenvolvida pela farmacêutica Bharat Biotech.| Foto: Bharat Biotech/Divulgação

Para começar esse resumo de notícias. Até dezembro, a rede particular de saúde acreditava que, na melhor das hipóteses, só teria disponível vacinas contra o novo coronavírus a partir do segundo semestre de 2021. O cenário mudou. A Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC) negocia 5 milhões de doses vacina indiana Covaxin contra Covid-19, desenvolvida pela farmacêutica Bharat Biotech.

Mesmo assim. A expectativa da rede privada é receber as doses da vacina indiana em março. Contudo, o Ministério da Saúde alerta que as clínicas deverão oferecer antes a grupos prioritários. Entenda o que se sabe sobre a vacina indiana Covaxin: da tecnologia utilizada à aprovação emergencial aprovada no país asiático.

Na rede pública. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou, no sábado (2), a intenção de importar 2 milhões de doses da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. A Fiocruz vai produzir o imunizante no Brasil, mas quer garantir doses prontas do laboratório indiano Serum Institute of India, que também produz o produto com a tecnologia da universidade de Oxford-AstraZeneca.

O problema. A exportação para o Brasil foi primeiramente barrada pela Índia; entenda os motivos. A Fiocruz buscou reverter o embargo com o apoio do Itamaraty e, nesta terça (5) pela manhã, a fabricante da vacina de Oxford na Índia assegurou o fornecimento. Além disso, apesar de ter aprovado a importação, a Anvisa quer que a Fiocruz prove a semelhança da vacina de Oxford importada da Índia com a do Reino Unido.

Utilidade pública: além da vacina indiana Covaxin e do envio de doses

Seringas e agulhas. Após encontrar dificuldades em importar vacinas e seringas para garantir a imunização da população contra a Covid-19, o governo federal decidiu proibir a exportação desses insumos. Além disso, o governo deve zerar impostos para a importação desses materiais  e já está negociando a compra e entrega de um lote emergencial de 30 milhões de seringas agulhas até o final de janeiro.

Atualização. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil registrou em 24 horas 20.006 diagnósticos de coronavírus e 543 mortes. Além disso, São Paulo confirmou dois casos da variante britânica do vírus (mais transmissível). O total de diagnósticos no Brasil é de 7.753.752, já o de óbitos é de 196.561. São consideradas recuperadas 6.875.230 pessoas.

Rodízio de água. Em Curitiba e Região Metropolitana, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) retomou o rodízio de abastecimento de água. A regra é de 36 horas de abastecimento por 36 horas de corte; confira os bairros afetados e horários de corte.

Política e economia

Eleições na Câmara e Senado. O PT e outros partidos de oposição decidiram apoiar o grupo de Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, que aposta em Baleia Rossi (MDB-SP) nas eleições para a presidência da Casa. Em entrevista a Roger Pereira, a presidente do PT e deputada federal paranaense Gleisi Hoffmann afirma: “Nossa preocupação é derrotar Bolsonaro”; confira a entrevista e as exigências dos petistas para apoiar Baleia Rossi. Vale lembrar: o candidato do governo é Arthur Lira (PP-AL). Já na disputa pela presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi o candidato escolhido pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP); confira o perfil de Pacheco.

Agora vai? Com apenas uma reforma aprovada (a da Previdência, em 2019), parte do mercado espera que, em 2021, finalmente o governo deslanche as reformas administrativa, tributária e da PEC Emergencial. Outra parte está mais cética. A jornalista Giulia Fontes entrevistou executivos de bancos e corretoras que destacam quais reformas o Ministério da Economia deveria apostar no ano novo. Também do lado econômico, alguns subsídios começam 2021 à espera de definição; é o caso da chamada “taxação do Sol”, entenda.

Giro pelo mundo. Nos Estados Unidos, enquanto o presidente Donald Trump foi flagrado pressionando um secretário da Geórgia a recalcular votos das eleições, dez ex-secretários de Defesa escreveram uma carta pedindo o fim do questionamento eleitoral. Na Inglaterra, um novo lockdown começou nesta terça (5). Já o Irã voltou a enriquecer urânio acima do limite permitido. Na China, o bilionário chinês e fundador do grupo Alibaba, Jack Ma, pode estar desaparecido após criticar a regulação financeira chinesa.

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Debates pandêmicos. Em novo artigo, o jornalista e analista político Diogo Schelp mostra como a pandemia presenteou os governos com um ano de poucos protestos de rua. J.R. Guzzo vai além e mostra que a Covid-19 foi o paraíso para quem tem carteirinha de “autoridade local”. Já a doutora em Filosofia Bruna Frascolla faz uma provocação: Estão gritando “fiquimcasa” há meses. Mas o que aconteceu com os hospitais de campanha?

Nossa visão

Aborto na Argentina. No fim do ano, o Senado argentino aprovou a lei que torna o aborto até a 14ª semana de gestação legal no país. Trata-se do primeiro país latino-americano a permitir que o procedimento seja feito num período tão tardio da gestação e com um amparo legal tão abrangente. Com a lei aprovada, agora o aborto faz parte do Programa Médico Obrigatório do sistema de saúde pública argentino. Confira nossa visão sobre o tema no editorial “Aborto na Argentina: um alerta para o Brasil”.

Um retrocesso civilizacional triste e lamentável. O texto da nova legislação é ainda mais permissivo do que parece à primeira vista: se lermos com atenção, o que a lei transpira é que o aborto passa a ser permitido até bem mais do que 14 semanas. No Brasil, a pauta abortista nunca deixou de se fazer presente em todas as instâncias de poder. As tensões e os embates são contínuos e durante muitos anos, sob os governos tanto do PSDB quanto do PT, os abortistas foram obtendo avanços não desprezíveis, embora nunca ao ponto de uma ampliação conceitualmente substancial das hipóteses de aborto, como a que ocorreu agora na Argentina.

Para inspirar

Cuidados pós-parto. Além da saúde do bebê, após o nascimento, a saúde da mãe no chamado puerpério, com foco especial nas seis semanas seguintes, também deve ser acompanhada de perto pelos integrantes da família. Em reportagem, o editor de Saúde Adriano Justina revela sinais de que a saúde da mãe pode estar em risco; confira e divulgue essas informações preciosas.

Tenha uma boa semana!

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