Para começar esse resumo de notícias. Nesta terça-feira (11), o presidente russo Vladimir Putin confirmou que a Rússia registrou a primeira vacina contra a Covid-19. Por aqui, no Brasil, já tem estado agilizando convênio de transferência de tecnologia da vacina russa: o Paraná quer testar a Sputnik V, como foi batizada a imunização. Nesta quarta (12) à tarde, haverá uma reunião entre o governador e o embaixador do país.
Vacina russa no Brasil. Ainda não foram publicados estudos públicos sobre a pesquisa estrangeira. Apesar disso, o governo federal tem recebido representantes para discutir tanto a alternativa da Rússia, quando a da empresa chinesa Sinopharm. Foram duas reuniões até agora e o Ministério da Saúde pede cautela quanto à vacina russa: o Paraná, por outro lado, já tem até laboratório para garantir a produção.
Se tudo der certo... O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) será o responsável por todas as etapas do convênio, da pesquisa à distribuição da vacina. Mas não é tão simples. Para garantir a vacina russa, o Paraná depende da Anvisa. Confira na reportagem de Roger Pereira a estratégia paranaense para ser a porta de entrada da, ainda incerta, vacina russa Sputnik V.
Minuto coronavírus
Utilidade pública: além da vacina russa no Paraná
Nova fase: Oxford no BR. Para produzir a vacina chinesa Coronavac, São Paulo fez um convênio que abrande testes em vários estados. Ao que tudo indica, para a vacina russa, Paraná será o responsável. Já a produzida pela Universidade de Oxford, considerada a mais promissora do mundo e que será produzida no Brasil em parceria com o Ministério da Saúde e a Fiocruz, ganhou autorização da Anvisa para aplicação da segunda dose em voluntários e aval para testar pessoas mais velhas; veja as idades.
Quem terá a primeira vacina confiável contra a Covid-19? Mais de 160 candidatas estão sendo testadas pelo mundo. A Gazeta do Povo desenvolveu um infográfico especial – sempre atualizado – para acompanhar cada etapa das pesquisas; acesse agora.
Atualização e novos respiradores. Em 24 horas, o Brasil registrou mais 52.160 casos e 1.274 óbitos por Covid-19. Segundo o último boletim da Saúde, são 3.109.630 infectados, 103.026 mortos e 2.243.124 recuperados. Para apoiar o combate à pandemia, foram distribuídos mais 9.189 respiradores. Veja na reportagem de Camila Abrão como ficou a entrega de respiradores pelo Ministério da Saúde a estados e municípios.
Perda de sangue. Em meio à pandemia, o Brasil enfrenta outro problema grave na área de Saúde. De Brasília, o jornalista Lúcio Vaz denuncia a perda de 2,7 milhões de bolsas de sangue desde 2017 por atrasos da estatal Hemobrás. Outra informação preocupante é quanto ao novo ciclo da dengue: o Paraná começou com o dobro de casos comparado a 2019.
Política e Economia
Debandada na equipe econômica. Dois secretários especiais de Paulo Guedes, ministro da Economia, pediram demissão: Economia Salim Mattar (Desestatização e Privatização) e Paulo Uebel (Desburocratização, Gestão e Governo Digital). Ambos estariam insatisfeitos com a estagnada de, respectivamente, privatizações e reforma administrativa. Confira o que Guedes disse sobre a debandada, confirmada logo após reunião com Rodrigo Maia, presidente da Câmara. O ministro também confirmou Eletrobras e Correios na lista de privatizações em 2020 e disse que furar teto de gastos é caminho para impeachment.
Jair Bolsonaro. O presidente da República afirmou nesta terça que “é uma mentira essa história de que a Amazônia arde em fogo", durante a 2ª Cúpula Presidencial do Pacto de Letícia pela Amazônia. Em solenidade, ele também enviou ao Congresso um projeto de incentivo à cabotagem. O Congresso também recebeu do governo uma cópia do suposto dossiê contra 579 servidores identificados com o movimento antifascista.
Giro pelo mundo. Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump ameaçou sobretaxar produtos brasileiros caso as tarifas ao etanol norte-americano não abaixem. Também nos EUA, o adversário de Trump nas eleições Joe Biden escolheu sua vice: a senadora Kamala Harris. Já no Líbano, mesmo após a renúncia do primeiro-ministro Hassan Diab, manifestantes voltaram às ruas para exigir a queda do governo. E da China vem um relato macabro: um jovem uigur (minoria muçulmana) conseguiu filmar o campo de detenção chinês para onde foi enviado. Ele, agora, está desaparecido.
O que mais você precisa saber hoje
- Xadrez político. Como se movem as peças que influenciam a sucessão de Maia e Alcolumbre
- Rendimentos ao trabalhador. Conselho do FGTS aprova distribuição de R$ 7,5 bi de lucro aos trabalhadores
- Delação de empresas. Procuradores pedem para Aras não “esvaziar” o MPF ao tirá-lo dos acordos de leniência
- Após 102 dias sem contágios. Maior cidade da Nova Zelândia retoma lockdown após novos casos de Covid-19
Colunas e artigos
Seu bolso merece essas leituras. O colunista Ricardo Amorim escreve sobre as reformas, a Selic e a vida dos brasileiros. Pedro Menezes pede licença em defesa da tributação de livros. E Roberto Indech explica se vale a pena investir em ações de bancos em 2020. Em artigo especial para a Gazeta do Povo, Marco Aurélio Pitta, coordenador de MBA de Contabilidade e Finanças da Universidade Positivo, de Curitiba, esclarece: por que a nova Contribuição de Bens e Serviços (CBS) é boa para alguns e ruim para outros.
Debates pandêmicos. Em sua nova coluna, Alexandre Garcia dá nome aos bois: governadores também têm culpa por mortes da Covid-19. Cristina Graeml detalha como funciona a apresentação de dados de mortes por coronavírus dos cartórios. Já o escritor e jornalista Paulo Polzonoff relaciona literatura com coronavírus e garante que “chifre não é vacina”. Ele questiona: onde está o Chico Buarque da pandemia?
Nossa visão
Vacina contra corrupção. No sentido médico, pandemia pode ser definida como doença infecciosa e contagiosa que se espalha por continentes. Em sentido ampliado, pode ser qualquer evento que se espalha em grandes proporções, como a corrupção. Tema para editorial da Gazeta do Povo: Vacina contra a pandemia da corrupção; leia.
O tamanho da corrupção, desvios e fraudes, qualquer que seja o nome que se dê aos atos criminosos, indica que a atuação dos órgãos de controle e auditoria interna não estão dando conta de conter o avanço dessa pandemia moral e impedir a ocorrência dos atos ilegais e imorais. Assim, um tema que precisa entrar no radar dos governantes, dos burocratas sérios, dos parlamentares e da população é como adotar medidas.
Para inspirar
Sucos contra a Covid. Repórter da Equipe Sempre Família, Raquel Derevecki conta uma história daquelas. Um garoto de 6 anos vendeu sucos para arrecadar doações a um hospital no interior paulista; veja como Enzo Tapetti mobilizou uma cidade com a ideia.
Inspire-se na ideia de Enzo, colabore para uma sociedade melhor e tenha uma boa quarta-feira!
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