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Saúde versus política

Tudo sobre o veto à vacina chinesa, a morte do voluntário brasileiro e a aprovação de Kassio para o STF

Presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar compra de vacina chinesa após pressão do eleitorado e por insatisfação com protagonismo de Doria.
Presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar compra de vacina chinesa após pressão do eleitorado e por insatisfação com protagonismo de Doria. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

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Para começar este resumo de notícias. Nesta quarta (21), o presidente Jair Bolsonaro cancelou a compra de 46 milhões de doses da Coronavac, vacina chinesa contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pelo laboratório Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan e o governo de São Paulo, de João Doria. O veto de Bolsonaro à vacina chinesa ocorreu um dia depois de o Ministério da Saúde firmar parceira com o governo paulista, em reunião com outros 25 governadores.

A situação ontem. O presidente disse que não autoriza a compra por ainda não haver comprovação científica da Coronavac, e afirmou ainda que “o povo brasileiro não será cobaia de ninguém”. Após a intervenção presidencial, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, reforçou a posição do presidente da República e alfinetou Doria. Segundo Franco, o governo só admite comprar doses da Coronavac que forem produzidas em solo brasileiro. A editora Fernanda Trisotto compilou todas informações apresenta um resumo sobre o veto de Bolsonaro à compra antecipada de lotes da Coronavac.

A situação hoje.  Uma eventual aquisição depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que negou influência externa na avaliação das vacinas. Mas o debate, como ficou claro, não é apenas uma questão de saúde: o cunho político pesou na decisão. Governadores chamaram a decisão do presidente de eleitoral. Em Brasília, nosso correspondente Rodolfo Costa apurou que o presidente sabia do ofício enviado ao diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, que comunicava a ideia de comprar as doses. Leia na reportagem como a decisão de Bolsonaro tem as eleições de 2022 como pano de fundo.

Utilidade pública

Morte de voluntário. Além da polêmica sobre o veto de Bolsonaro à vacina chinesa, a Anvisa confirmou o falecimento de um voluntário da vacina em desenvolvimento pela Universidade de Oxford e que está sendo testada no Brasil. Ainda não se sabe, contudo, se ele tomou a dose da vacina ou a dose de placebo, utilizada para mensurar o potencial da imunização. Neste link você pode conferir em que estágios estão todas as vacinas em desenvolvimento no mundo. São 154 em fase pré-clinica e mais de 60 em fases de testes já em humanos, sendo 11 na fase final de testes em larga escala.

Atualização. Em 24 horas, o Brasil registrou 24.818 casos e 566 mortes por Covid-19, segundo o último boletim Ministério da Saúde. Ao todo, são 5.298.772 diagnósticos, 155.403 mortes e 4.756.489 (89,8%) recuperados. Uma das novas vítimas fatais é o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que faleceu na noite desta quarta. O Senado decretou luto oficial. Um dos novos casos confirmados é do ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo. Em Curitiba, uma boa notícia: ocorreu o menor número de óbitos por coronavírus desde junho. O estado do Paraná já ultrapassou os 200 mil infectados.

Minuto coronavírus: vacina chinesa

Política e economia

Sabatina. Nossos correspondentes em Brasília Wilson Lima e Olavo Soares acompanharam no Senado a sabatina de Kassio Nunes, indicado pelo presidente Bolsonaro à vaga do Supremo Tribunal Federal (STF). Nunes afirmou que a determinação de prisão em segunda instância é uma responsabilidade do Congresso. Mas foi além. De Brasília, nossos correspondentes contam como foi a sabatina e trazem todos os detalhes da aprovação novo ministro do STF, por 57 votos a 10. Veja ainda o que novo ministro pensa sobre aborto, ativismo judicial, Lava Jato e outros assuntos.

Enquanto isso... Um impasse impediu o avanço da votação da Nova Lei do Gás no Senado. Correspondente em Brasília, Jéssica Sant’Ana apurou que o novo marco regulatório só será aprovado caso o governo garanta a demanda de gás natural; confira na reportagem. Já na Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia defendeu um cronograma para ordenar a votação de medidas de corte de gastos no orçamento para garantir a adoção do Renda Cidadã e, consequentemente, oferecer segurança fiscal e jurídica ao país.

Giro pelo mundo. Com a iminente vitória do esquerdista Luis Arce na Bolívia, o ex-presidente Evo Morales se prepara para voltar ao país, mas não deve ter cargo no governo. Na Nigéria, protestos contra a violência policial deixaram pelo menos um morto. E a disputa presidencial nos EUA está acirrada. Nesta quinta (22) ocorre o segundo e último debate entre Donald Trump e Joe Biden. O ex-presidente Barak Obama anunciou a primeira aparição na campanha de Biden. E a editora Helen Mendes mostra como os democratas vão encarar a ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela se chegarem à Casa Branca, dando margem para um “refresco de sanções”

O que mais você precisa saber hoje

Colunas e artigos

Debates pandêmicos. Nossos colunistas comentaram o veto de Bolsonaro à vacina chinesa e o tema da vacinação obrigatória. Rodrigo Constantino defende que conhecer a origem da imunização importa para a decisão do governo. Já Madeleine Lacsko escreve sobre vacinação obrigatória: seria um debate esquizofrênico ou puro desserviço? Roger Pereira escreve sobre como a vaga do vereador de Curitiba Jairo Marcelino, vítima de Covid, acabou em frustração para suplente.

Cristofobia. Extremistas de esquerda incendiaram duas igrejas católicas em Santiago, no Chile, no último domingo (18). De Brasília, Leonardo Desideri questiona: Por que as igrejas cristãs são alvos de ataques da extrema-esquerda? O tema também é abordado pela jornalista Cristina Graeml, que denuncia a Cristofobia explícita no Chile e o silêncio da esquerda. O escritor e jornalista Paulo Polzonoff resgata o que o Papa Francisco já disse (e o que ele não vai dizer) sobre as igrejas queimadas no Chile. Polzonoff também escreve sobre o que leva uma pessoa a queimar uma igreja.

Nossa visão

Editorial. A confirmação do nome de Kassio Nunes Marques pelo plenário do Senado foi, aparentemente, uma mera formalidade. Nos dias que antecederam a sabatina, políticos próximos tanto do presidente quanto de setores que se mostraram contrariados com a escolha tentaram amenizar as críticas. Leia no novo editorial da Gazeta do Povo: Kassio Nunes Marques no STF e uma sabatina decepcionante.

Uma manifestação preocupante de Marques foi sua defesa do chamado “garantismo” em oposição ao “originalismo”, oferecendo uma visão bastante aguada do que realmente representa a corrente que diz defender. “O perfil do garantismo”, para usar as palavras de Marques, não se resume simplesmente a garantir “as prerrogativas e direitos estabelecidos na Constituição” e que “todos os brasileiros, para chegar a uma condenação, devem passar por um devido processo legal”.

Para inspirar

A pessoa certa. O tempo de namoro serve, justamente, para ajudar a discernir aquilo que cada um quer para sua vida. Uma série de sinais podem mostrar se a pessoa é a certa ou a pessoa errada. Se identificou? A jornalista Lorena Lafraia gravou um vídeo com 9 sinais que mostram que esse namorado ou namorada não é pra você.

Tenha um ótimo dia!

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