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Para começar este resumo de notícias. A quinta-feira foi de tensão entre os poderes devido a uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, segundo a qual o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, teria mandado um recado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que não haveria eleições em 2022 caso não houvesse voto impresso. Ao longo do dia, tanto Lira quanto Braga Netto desmentiram a notícia, enquanto representantes políticos e do Judiciário defenderam o processo democrático. O presidente Jair Bolsonaro não quis comentar o episódio.
Opositores. Enquanto isso, deputados seguem articulando a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que regulamenta o voto impresso auditável. Os opositores da proposta mudaram a estratégia de convocar o ministro Braga Netto para prestar esclarecimentos.
Defensores. Do outro lado, os defensores do voto impresso trabalham no ajuste do texto, a fim de facilitar a aprovação da PEC. Entre as mudanças discutidas está reduzir os poderes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como revela Rodolfo Costa.
Utilidade pública
Sputnik V. O Ministério da Saúde deve rescindir o contrato para compra de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. O motivo é a não aprovação do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O governo da Argentina ameaçou cancelar o contrato de compra da Sputnik V devido ao atraso na entrega das doses.
Variante Delta. O Brasil vem registrando um número crescente de casos da variante Delta do coronavírus, mais contagiosa e resistente à primeira dose da vacina. Segundo levantamento da plataforma Covariants.org, ela pode ser responsável por 12% dos casos de Covid-19 registrados no país.
Atualização. O Brasil registrou mais 1.412 mortes por Covid-19 e 49.757 novos casos da doença, segundo dados do Ministério da Saúde. Ao todo, o Brasil já contabiliza 19.523.711 diagnósticos positivos e 547.016 óbitos. Quanto à vacinação, foram imunizados 93.458.635 com a primeira dose e 36.638.722 com a segunda.
Política e economia
Fundo eleitoral. A decisão recente de deputados federais e senadores de permitir ao Fundo Eleitoral ter um orçamento de até R$ 5,7 bilhões em 2022 criou a possibilidade de que o dinheiro público para campanhas políticas seja superior aos recursos livres da maior parte dos ministérios. Confira os números na reportagem de Olavo Soares.
Pronampe. Desde que o governo federal anunciou a segunda rodada do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), em 5 de julho, quase a metade dos recursos reservados para a iniciativa já havia sido comprometida. Isabelle Barone mostra quanto já foi repassado e qual a importância desse recurso.
Giro pelo mundo. O governo da China se negou a colaborar com uma segunda fase de investigação proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a origem da Covid-19. Os Estados Unidos impuseram sanções contra o ministro das Forças Armadas de Cuba e uma unidade militar de elite. E confira sete fatos que não te contaram sobre a revolução comunista em Cuba.
O que mais você precisa saber hoje
Colunas e artigos
Terrorismo doméstico. Uma nova diretiva do FBI sobre terrorismo doméstico tem causado polêmica nos Estados Unidos. Os Antifas e outros grupos com causas legítimas estão sendo investigados, como explica Madeleine Lacsko. Em artigo, Ben Shapiro mostra como a esquerda mente sobre a “desinformação” para justificar a tirania.
Nossa visão
Agenda do Congresso. A urgência para não desperdiçar tempo deveria ser o mote do Congresso no próximo semestre, após o recesso do Legislativo, dado o esgotamento do tempo hábil para levar adiante as reformas fundamentais para o Brasil. Iniciado o ano eleitoral, 2022, a probabilidade de que algo relevante seja aprovado beira o zero porcento. Tema para o nosso editorial: O Congresso não pode mais desperdiçar tempo.
Admita-se que olhar para o passado é importante para corrigir os rumos do futuro, mas isso não ao preço de perder a hierarquia de todas as prioridades reais e ao preço de paralisar as discussões que precisariam ser conduzidas num momento tão crítico para a história do país, para a retomada sócio-econômica depois de uma crise tão longa e sem precedentes.
Para inspirar
Volta à sala de aula. Professor de química, Robert Gessner Junior ficou 35 dias internado devido à contaminação pela Covid-19, sendo 16 deles intubado. Dentre as sequelas, adquiriu a síndrome de Guillain-Barré, que limita o movimento de pés e mãos. Mas isso não impediu que ele retornasse à sala de aula, como conta Sissy Zambão, do Sempre Família. Tenha um ótimo dia e aproveite o fim de semana!