O ministro da Justiça britânico, Charles Clarke, disse em entrevista à BBC só ter elogios e admiração pela maneira como a polícia cumpriu sua função no episódio que resultou na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, na sexta-feira, em Londres. Finalizando sua fala, ele afirmou: "Creio que a polícia está realizando o melhor, sob as mais impressionantes condições, para fazer julgamentos difíceis e nos proteger. Por isso, eu os parabenizo." Poderia tecer inúmeros comentários sobre esta entrevista, para demonstrar minha indignação. Mas não precisa.
Márcio AssadLapa, PR
Cobrança de inativo
Em matéria publicada dia 17 último, a secretária da Administração do Paraná justifica os 10 anos de falta de reajuste dos servidores inativos do estado do Paraná pela Lei 13.666/02, do governo anterior, colocada em prática pelo atual, mostrando o descaso dos dois últimos governos para com os inativos do Paraná. Como secretária, ela deveria saber que nenhuma lei pode "revogar" a Constituição, seja a Federal ou a Estadual, que garante aos inativos direitos iguais. Logo, não respeitá-los, além de imoral, é inconstitucional.
Antônio Carlos Wanderley, servidor publico inativoCuritiba, PR
O perigo da crise
Eis aí o grande e real perigo da crise política. O presidente Lula se acha acima do bem e do mal, adotando um comportamento messiânico que começa a lembrar muito o venezuelano Hugo Chávez. Não esqueça, presidente, que foi o dinheiro das elites que manteve seu apoio político nos últimos dois anos. O tão propalado cabedal ético e moral do PT não está sendo suficiente para acobertar a falta de competência de seus dirigentes. Há quem diga que o exemplo vem de casa. Afinal, como foi administrada a casa do PT nos últimos anos? A situação de insolvência do partido responde a pergunta. O presidente deveria aproveitar esta oportunidade única e mostrar ao país que tem firmeza e capacidade para comandar as mudanças necessárias para que possamos voltar aos trilhos em vez de optar pelo caminho fácil do populismo.
Marcelo de PaolaCuritiba, PR
Parece piada
Existe um recurso chamado "habeas-corpus preventivo" a que alguns recorrem para se isentarem de responder às perguntas comprometedoras das CPIs, livrando-os da decretação da prisão preventiva. Sendo assim Valérios, Sílvios, Renildas e outros fazem com que os parlamentares percam tempo com depoimentos que não levam a conclusão alguma. Tomara que a notícia não chegue a Portugal, pois senão teremos de ouvir dos patrícios o comentário: e eles ainda fazem piada de português, uh raios!
Fred Branco, professorCuritiba, PR
BR com problemas
No último fim de semana, passei por São Mateus do Sul, pela BR-476, e fiquei apavorada, irritada e desesperada. Aquela BR cruza o centro da cidade. O calçamento da rua está todo quebrado, chegando a formar cratera. É necessário, mais do que atenção no volante, paciência, cuidado e versatilidade para conduzir o veículo. O trecho de São Mateus do Sul até a Lapa está em estado lastimável. Eu me alio ao povo de São Mateus do Sul pela melhoria da BR-476.
Edivana Venturin, advogadaCuritiba, PR
Brasão da cidade
Gostaria de cumprimentar o prefeito de Curitiba, Beto Richa, pela coragem de colocar nas placas, outdoors, painéis e outros meios de comunicação, o brasão do município. Muitos curitibanos não conheciam o símbolo da cidade enquanto instituição permanente. A maioria só conseguia, até agora, ver a logomarca dos governos transitórios. Essa decisão do prefeito é um passo importante para o fortalecimento da alma da cidade, sua identidade coletiva, sua história, suas tradições, seus usos, seus costumes. Bom seria se esse exemplo fosse seguido por todos os governantes.
Joel Samways, procurador do Estado do ParanáCuritiba, PR
Questão de preferência
Quem critica o fato da maioria das pessoas presentes em Maringá, no jogo do Paraná contra o Corinthians, torcerem pelo time paulista, deveria levar pelo algumas coisas em consideração: o povo do interior do Paraná também tem seus times de futebol; o futebol paranaense não se resume a Coritiba, Atlético e Paraná. O que interessa para os torcedores, como os de Maringá, é que estão cansados de ver seus times perderem para os de Curitiba, especialmente no Campeonato Paranaense. Este é um dos motivos de vê-los como oponentes. O futebol não conhece fronteiras. Nada há de errado em se torcer para time de outro estado, o que não significa que o povo de Maringá não seja paranaense de coração. Finalmente, é preciso levar em conta que o nosso estado tem regiões que são bastante diferentes social e culturalmente. Basta observar esse panorama no Sul, no Oeste e no Norte. Há que se perguntar pela unidade em outros motivos, além do futebol.
Oscar Elias Jans, professorCuritiba, PR
Metrô
Em atenção à carta do leitor Julio C. Fróes, a Prefeitura de Curitiba informa que a idéia de implantação do metrô não foi abandonada. Os estudos do Ippuc apontam que o eixo estrutural Norte e Sul tem grande potencial para uma futura instalação desse tipo de transporte, porque não há necessidade de grandes desapropriações de áreas particulares e a execução da obra não será traumática para a cidade. A idéia em estudo é a transformação da superfície desse eixo num grande parque horizontal. O fator impeditivo para a realização do projeto é o custo de implantação, já que o transporte urbano de superfície ainda é muito mais barato que o metrô. Existem empresas operadoras internacionais de metrô interessadas em analisar os números relativos à demanda de usuários em Curitiba, para uma futura viabilização do sistema na cidade, em parceria com a prefeitura. Quanto ao projeto do Eixo Metropolitano, a prefeitura esclarece que esta obra vai aliviar o eixo de transporte Norte/Sul, atualmente saturado. O Eixo faz parte do Programa de Transporte Urbano que, além da transformação do trecho urbano da BR numa grande avenida, prevê outras importantes obras para o trânsito da cidade. Entre estas obras estão a modernização da linha direta (ligeirinho) Inter 2, implantação de binários, duplicação de vias, revitalização de avenidas, modernização de terminais, implantação de ciclovias, novos semáforos, iluminação e ações voltadas para a segurança viária.
Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba
Piraquara
Como morador do bairro Jardim Santa Mônica, em Piraquara, estou muito assustado com o abandono do município pela prefeitura. Durante a campanha, todos os problemas do bairro seriam resolvidos, mas desde que esta administração tomou posse nada foi feito. Pelo contrário, as coisas pioraram. O grande problema é que temos que conviver com a violência e assaltos, além da falta de infra-estrutura. Quero saber onde está a aplicação dos nossos impostos, onde estão aquelas promessas de campanha, a conversa com o povo. Não agüento mais conviver com tanta violência de marginais e descaso das autoridades municipais. Será que antes da próxima campanha os candidatos virão em nossas casas perguntando o que pode ser melhorado no nosso bairro?
Paulo Estevam Gonçalves, funcionário públicoPiraquara, PR
Reparo
Referente nota da Entrelinhas, edição de 19/7, na louvável ação da PUC-PR relativo ao exame de câncer bucal na Ilha do Mel, lembramos para não perpetuar fato injusto que nos dias 17 e 18 de outubro de 2003 na Ilha do Mel o humanitário dentista paranaense Narcizo Grein, então na época coordenador do Programa Nacional contra o Câncer Bucal da ABO-PR, examinou 140 moradores da Ilha do Mel e detectou um caso de tumor cancerígeno bucal com lesão nodular em um senhor de 57 anos. A cirurgia extirpativa foi realizada com sucesso e, conseqüentemente, a biópsia do tumor. A recente pesquisa da PUC-PR sobre o assunto não é inédita, o que logicamente também não tira o mérito da boa iniciativa recente.
Carlos Machado Justo, cirurgião-dentistaCuritiba, PR
E a guerra continua
Já transcorreram mais de seis décadas desde que terminou um conflito mundial que ceifou a vida de 16 milhões de combatentes e algo entre 20 e 30 milhões de civis. A culpa atribuiu-se à nação derrotada, um minúsculo país, que perdeu tudo, até a identidade. E o "cachorro morto continua sendo chutado", como bem demonstra matéria de mais de meia página publicada nesta semana pelo Caderno G da Gazeta. Ali resenha-se um livro que trata do Holocausto como história em quadrinhos. Nada melhor para justificar o título do livro "...e a guerra continua", escrito por este curitibano, mostrando palco e bastidores da 2.ª Guerra Mundial sob ângulo diferenciado.
Norberto Toedter, escritorCuritiba, PR
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