Agora, com a consumação da cassação dos direitos políticos do deputado Roberto Jefferson, resta-nos aguardar quantos mais sofrerão o mesmo castigo. Jefferson falou a verdade, conforme acabou sendo provado, mas isso não o isentou de passar pelo crivo da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar que o julgou réu e retirou seu mandato por oito anos. Jefferson sabia demais e creio que demorou muito para dizer tudo aquilo que conhecia de podre envolvendo as hostes governamentais. Fica no ar uma pergunta: Será que ele também fazia parte das benesses denunciadas e que só resolveu falar, por vingança e de repente, porque puxaram seu tapete e tiraram o pão de sua boca? Ninguém sabe, são coisas inconfessáveis pertencentes aos bastidores de Brasília. Só sabemos que Roberto Jefferson acabou por promover uma devassa e, com suas bombásticas declarações e afirmações, uma verdadeira metralhadora giratória, mostrou que o Brasil está pessimamente governado e assessorado por homens que o povo julgava serem leais e honestos aos reais interesses da nação. Vários outros deputados precisam ser cassados para o bem geral, e Jefferson não pode ser o único pelo fato de haver dito verdades.

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Fernando Al-EgyptoRio de Janeiro, RJ

Semana cheia

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Vivemos num mundo marcado pela ganância, imediatismo, fome, miséria, degradação ambiental, e agora em nível de Brasil aflorou toda a corrupção que estava germinando durante muito tempo, apareceu o cheque do empresário Sebastião Buani, desapareceram a secretária e o deputado Severino Cavalcanti, reapareceu o José Genoíno. Mas o mais notório desses acontecimentos foi o de Paulo e Flávio Maluf: até que enfim apareceu uma juíza para mandar os dois para a cadeia por tudo o que todos já sabem. Pai e filho estão nas celas da Polícia Federal em São Paulo. Flávio Maluf disse que não se adaptou com a comida fornecida aos presos, feijão, arroz, carne e salada, recorreu ao seu advogado para que solicitasse uma comida especial. Ironia do destino, eles que estão presos por desvio de milhões de reais dos cofres publicos, dizem que não se adaptam à comida, e exigem outra. Penso comigo: e como ficam os 52 milhões de brasileiros que acreditaram no governo que prometeu esperança, fim da fome, fim da miséria, que não tem comida igual à da PF, e que perambulam nas grandes cidades em busca dos restos nos lixos domésticos? Será que as CPIs em andamento mandarão para lá também esses que desviaram os recursos que seriam para o sofrido povo brasileiro cujos recursos seriam para saúde, escolas, habitação? Se conseguirem mandar, vai faltar cela, mas a justiça será feita. Vamos aguardar... Se escaparem desta, não escaparão das urnas em 2006.

José Pedro NaisserCuritiba, PR

Severino

Quem está ligado na televisão viu e ouviu o Severino dizer que não aceita "ser enforcado antes do tempo". Ora, uma lógica levemente cartesiana, diante de tal afirmação, aponta para uma única conclusão: Severino admite ser enforcado, mas, não já, mas, daqui a pouco. Merecidamente, é claro. Afinal, diante de sua postura em face do cargo que ocupa e de quem lhe paga para ocupá-lo, pelo que diz, pelo que já fez, e, em especial, pelo nepotismo coronelista que defende e pratica, na verdade merecia ser atado na roda para a execração pública.

Pedro Luís de Campos VergueiroSão Paulo, SP

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Vestibular para professor

É vergonhoso saber que a disputa por uma vaga como professor é maior que a concorrência para ser aluno. Isso deixa explícito o descaso político que existe em relação aos nossos educadores, que, em sua maioria num curso superior, se esforçam para acabar com o analfabetismo funcional acarretado na má-formação básica dos alunos. E mesmo com competência e vontade ainda precisam passar por tal situação desagradável.

Helena Stier, estudantePinhais, PR

Katrina

Concordo plenamente com o leitor que escreveu para esta coluna quando disse que os Estados Unidos da América do Norte estão sofrendo um "desgoverno" pelo atual presidente George W. Bush, pela maneira que lidou com os sobreviventes do terrível furacão Katrina. Porém tenho assistido pela tevê a verdadeiros atos de heroísmo e solidaridade demonstrados para com os menos favorecidos pelo povo norte-americano. O presidente George W. Bush é um só, e não podemos julgar o país pelas ações somente dele. O país abriu suas casas para abrigar os sobreviventes. Tem gente fretando aviões só para ir salvar os animais que lá ficaram. Empresas particulares têm doado mais que US$ 20 milhões em dinheiro para ajudar aqueles pobres desabrigados. Então, vamos cuidar antes de julgar um país inteiro, pelos atos de um só insensível presidente.

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Míriam MachadoCuritiba, PR

Defesa de animais

Concordo plenamente com a sra. Marci Horta. É preciso que algum político perceba que a sociedade se importa com os animais e não suporta mais ver tamanha indiferença. Podem contar com nossos votos aqueles que olharem para esses seres indefesos, sejam cavalos, cachorros, etc.

Débora Cristina MorasCuritiba, PR

Rodovias

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Infelizmente, pudemos comprovar no último feriado o que há tempo ouvíamos: o nosso litoral está à mercê da sorte. A violência e a insegurança assombram população e principalmente turistas. O Estado, responsável pela segurança e bem-estar social, se omite, preocupando-se apenas em arrecadar (através de multas de trânsito) e inchar os cofres do poder público. Queremos, nostalgicamente, poder voltar a caminhar pela orla tranqüilamente e preocupar-se somente em sentir a brisa do mar adentrar em nossos pulmões e não nos trancafiar em casa, com medo de ser a próxima vítima.

Rafael GomesCuritiba, PR

Ilha do Mel

Quero parabenizar pela reportagem sobre o Trapiche da Ilha do Mel. Damos total apoio ao presidente da Associação do Comércio e Turismo da Ilha do Mel. Se a Ilha é um dos poucos cartões-postais que temos no nosso estado, não podemos aceitar a forma como o poder público o trata. Desde o início do ano, os comerciantes e a população aguardam a reforma. Esperamos uma ação mais efetiva para que nós, que amamos este lugar, possamos termos, já para o início da próxima temporada, um trapiche condizente com as belezas que existem na Ilha.

Lucas Meder, economistaCuritiba, PR

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Nome de mulher

Chorei, calei, emudeci, enquanto a lágrima contida também não resistiu a tanta dor, tamanha tristeza. Senti o tempo literalmente parar, minha respiração sumiu naquele instante, tive a plena convicção de que todas as nossas igualdades chegaram ali, ao limite, pois é no infortúnio que nossas diferenças caem por terra, ou voam pelos ares – estou me referindo ao mau tempo, aquele que vem quando menos esperamos ou que tenhamos "tempo" de pedir um "tempo". Sopra de todas as direções e levam tudo o que encontram pela frente, limpam nossos quintais, bagunçam nossas vidas. Naquele instante em frente à tevê, partilhamos – eu e minha mãe, de um momento muito triste, deprimente, um senhor idoso chorando desesperado, andava sem rumo em meio aos escombros daquele maldito furacão; frágil e abandonado, desgarrado, pedindo ajuda, "help", e nós tão longe, impotentes...o que fazer? Katrina, Catarina, Ofélia... que fêmeas são essas? que desabrigam, tiram seus filhos do seio, do coração dos seus entes queridos e os levam sabe-se lá pra onde? Uma cidade em ruínas, que um dia abrigou tantas celebridades, acolheu estrangeiros, passageiros, brasileiros... e tantos artistas famosos. Neil Armstrong nasceu em Nova Orleans e certamente não gostaria de estar assistindo a cenas de horror, preconceito, discriminação e estupro que hoje está ocorrendo por lá, e nem tampouco cantaria "what a wonderful world". E o sonho de Martin Luther King parece – foi só um sonho – "Eu tenho um sonho... de que um dia viverão em uma nação onde eles não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela essência do seu caráter." (Rev. Martin Luther King Jr., 1963). Na verdade, estamos assistindo a mais uma tremenda falta de caráter, da administração do governo Bush, que prefere dar atenção às guerras, do que à paz. Deveria trazer à lembrança, os memoráveis personagens que habitaram um dia a terra do Tio Sam, e repito, quem dera fosse ele o autor desta frase, e pudesse estar publicamente falando às pessoas daqueles estados: "Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos para que o melhor fosse feito. Não somos o que deviamos ser, não somos o que iríamos ser, mas graças a Deus não somos o que éramos!" (Martin Luther King, Nobel da Paz.)

Jussara Maria Camargo, funcionária pública aposentadaCuritiba, PR

Rua abandonada

Com referência à carta da leitora Ana Maria Maranhão Baeck, a Prefeitura informa que a rua mencionada está incluída no calendário dos serviços de manutenção que são realizados periodicamente pela Administração Regional da Matriz. Informa também que a Secretaria Municipal de Obras vai realizar uma vistoria noturna na via, para verificar o nível de iluminação e tomar as providências que forem necessárias.

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Secretaria Municipal da Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba

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As correspondências devem ser encaminhadas com identificação, endereço e profissão do remetente para a Coluna do Leitor – Gazeta do Povo, Praça Carlos Gomes, 4, CEP 80010-140 – Curitiba, PR. Fax (041) 3321-5472.

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