Rio de Janeiro Pelo que me lembre, nunca houve evento internacional tão badalado quanto a atual Copa do Mundo. Os atentados de 11 de setembro de 2001 também ocuparam a mídia de todo o mundo, mas foi um acontecimento inesperado e com seqüelas que ainda não acabaram. É evidente que não se pode fazer uma comparação de valor entre os dois eventos. Fico apenas na enxurrada de palavras e de imagens que ambos geraram e continuam gerando.
Impossível prestar atenção aos jogos com o tsunami de informações, críticas, elogios, dados relevantes e irrelevantes de cada jogador e de cada partida. Fiquei sabendo, por exemplo, que um craque de Angola nasceu em 1982 podia ter ido dormir sem essa.
No que diz respeito às nossas cores, nunca um fato foi tão anunciado quanto o jogo Brasil e Croácia. Com o detalhe esclarecedor: o Brasil estréia contra a Croácia. Na realidade, a informação é velha de pelo menos dois meses. Mas até ontem, minutos antes de começar a partida, os locutores e comentaristas se esgoelavam, na base de "o Brasil estréia contra a Croácia".
Quando Cristo nasceu, dizem os Evangelhos, os anjos anunciaram a boa nova aos pastores da Judéia na base do "Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade". Nos presépios, há uma faixa com a mesma novidade.
Foi o que faltou nesta Copa do Mundo: o coro dos anjos, arcanjos, serafins, querubins. E potestades estenderem no céu, de norte a sul, uma faixa com a boa nova dos nossos tempos: "O Brasil estréia contra a Croácia!".
Nada perdemos por esperar. Na próxima Copa, é possível que os patrocinadores providenciem uma milícia de anjos, arcanjos, serafins, querubins e potestades, que tocarão suas trombetas anunciando mil vezes a estréia do Brasil.
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