Em tese são manifestações que deviam ser auto-sustentáveis, vivendo os esportes das bilheterias dos estádios e ginásios, o teatro e o cinema das respectivas bilheterias. Os altos custos tornam inviáveis a produção e a exibição de grandes realizações tanto num como em outro setor. De pires na mão, eles batem o mercado em busca de patrocínios que no fundo serão bancados pelo Estado que aceitará a renúncia fiscal em nome dos espetáculos: o pão e o circo custam caro.
Sempre foi assim: a arte (o esporte não deixa de ser uma manifestação de arte) foi patrocinada pelos príncipes da Renascença e por grandes empresas que se beneficiavam da citada renúncia fiscal. A Renascença toda nasceu e frutificou graças ao apoio dos Médicis e dos papas, bastando citar Lorenzo, o Magnífico, e o Papa Julio II.
Não teríamos os afrescos da Capela Sistina se não fosse a obstinação do papa em subjugar Michelângelo, obrigando-o a trabalhar dia e noite, esquecendo-se inclusive de pagar o preço combinado pela encomenda. Mais tarde houve a parceria de Luís da Baviera com Wagner e a estranha relação de Mozart com os príncipes-arcebispos de Salzburg, chegando ao ponto de comer na mesa dos empregados e de ter levado, de um deles, um chute no traseiro.
Não estou insinuando que Lula dê um chute no Barretão ou na Fernanda Montenegro. Pelo contrário, o governo tem a obrigação de atender a ambas as partes, a da cultura e a do esporte, ajudando a criar os valores que formam e sustentam uma nação.
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