Rio de Janeiro No primeiro turno, alianças foram feitas em busca de mais espaço na TV. Parece absurdo, mas foi uma realidade. Agora, no segundo turno, esperava-se que as alianças fossem motivadas por idéias e programas comuns. Não é o que está acontecendo.
A busca por votos é desenfreada, valendo tudo, as parcerias mais estranhas e até espúrias. Nesse particular, o PMDB está como sempre quis: sua máquina partidária, embora desunida, será a chave que decidirá o segundo turno. Com velhas raposas na sua cúpula, o partido não se interessa pelo governo em si, mas pelo poder. O próximo presidente da República, seja ele quem for, terá de assumir, pública ou clandestinamente, compromissos com o partido que detém o maior número de prefeitos, deputados federais e estaduais.
Temos também o caso de Garotinho, rejeitado pelo PMDB na sua pretensão de candidato presidencial, mas dono de alguns milhões de votos desvinculados de qualquer programa partidário, uma vez que centrados em sua polêmica personalidade política.
Um fato novo nas eleições do dia 29 será a radicalização em torno da ética. O confronto esquerda-direita entre conservadores e liberais é coisa do passado.
Os escândalos que marcaram a segunda metade do governo de Lula criaram a tônica da campanha que prevalecerá nos debates: quem roubou mais do que quem "thats the question", eis a questão. Em algum momento da campanha, Lula fará referência aos vestidos que a mulher de Alckmin ganhou de presente e Alckmin fatalmente lembrará o churrasqueiro de Lula.
Este é o Brasil que o PT nos deixou. O debate político substituído por investigações policiais. Não vencerá o melhor, mas o menos pior.
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