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Desde a redemocratização, quem liderava as pesquisas seis meses antes do pleito tornou-se presidente com uma exceção, claro, a confirmar a regra.

Em 1989, Collor já liderava as pesquisas a seis meses da eleição com vantagem superior a 30 pontos. A seis meses da eleição de 1994, Lula tinha 16 pontos sobre FHC (37% a 21%). Em período próximo em 1998, FHC estava 16 pontos à frente de Lula (41% a 25%).

A seis meses da eleição de 2002, Lula estava sete pontos à frente de Serra e 11 de Ciro (29% x 22% x 18%). Faltando os mesmos seis meses para o pleito em 2006, Lula livrava uma vantagem de 19 pontos sobre Alckmin (42% a 23%).

A exceção de 1994 na qual FHC reverteu vantagem de Lula, que chegou a 26 pontos é justificada porque houve uma radical mudança político-econômica do país com o lançamento do Plano Real.

Segundo pesquisa Ibope desta semana, repetindo tendência anteriormente apontada pelo Datafolha, José Serra (PSDB) tem 35% das intenções de voto contra 30% de Dilma Rousseff (PT), 11% de Ciro Gomes (PSB) e 6% de Marina Silva (PV). A seguir a série histórica, Serra tem mais chances de ser eleito? Ou 2010 tem algum ponto de semelhança com 1994?

Serra tem hoje a menor vantagem entre os candidatos que já lideraram as pesquisas a seis meses antes do pleito, estando mesmo no limite do empate técnico. Serra vem numa linha descendente; Dilma numa linha ascendente.

O Plano Real atingiu 80% de aprovação em setembro de 1994, seu ápice. No Ibope da semana passada, a aprovação a Lula foi a 83%.

Em 1994, FHC começou a crescer a cinco meses da eleição e o fez por quatro meses seguidos, indo de 17% para 45%. A três meses da eleição, já havia superado Lula.

Há um ano, Dilma tinha 8% dos votos. Hoje tem quase três vezes mais. Lula é o Plano Real de Dilma?

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