Há extensa literatura sobre o assunto, depoimentos de vítimas, algumas ainda sobreviventes. Conheci pelo menos umas cinco ou seis pessoas que ainda trazem no braço a marca dos campos de concentração

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Na última terça-feira, e por decisão da ONU, foi comemorado o Dia do Holocausto, uma celebração que toca a fundo não apenas aos judeus, vítimas da barbárie, mas a toda a humanidade. Há extensa literatura sobre o assunto, depoimentos de vítimas, algumas ainda sobreviventes. Conheci pelo menos umas cinco ou seis pessoas que ainda trazem no braço a marca dos campos de concentração.

Há fotos e filmes suficientes, além de documentos oficiais do regime nazista, que comprovam a insanidade da tentativa de exterminar os judeus da face da Terra. E há, sobretudo, o livro que Hitler escreveu na prisão, antes de tomar o poder e depois do fracassado "putsch" na cervejaria em Munique.

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Neste livro, com brutal sinceridade, o autor anuncia tudo o que faria se chegasse ao poder. No varejo diplomático, Hitler mentia muito, mas o núcleo de seu pensamento (e de sua personalidade) está explícito sem subterfúgios naquilo que ele chamou de "Minha Luta". O ódio ao judeu é exposto em quase todas as páginas. Em sua demência racial, ele tinha um nojo físico por aqueles que não eram arianos.

No caso dos judeus, havia ainda o ressentimento econômico e cultural, que mais tarde desembocaria na "solução final" – o genocídio compacto e sistemático de milhões de seres humanos. Recorrentemente aparecem movimentos que negam o Holocausto. O último deles foi o de um bispo da igreja anterior a do Concílio Vaticano 2º, que, não se sabe como, afirmou que os mortos do extermínio em massa não foram seis milhões de judeus, mas "apenas" 300 mil. É evidente que números redondos podem ser contestados, mas há registros fidedignos que chegam a 5.933.000 vítimas em diversos países dominados pelo nazismo. Foi a pior mancha na história da humanidade.