Barack Obama comandará a nação mais forte do mundo num momento em que seus problemas internos e externos parecem anunciar o início do fim de um grande império: guerras e crise econômica

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Nunca houve tanto e tamanho otimismo como agora, em relação à posse de Barack Obama na Presidência da República do país mais poderoso do mundo. São muitos os motivos de esperança do povo americano, após os oito anos do governo de George W. Bush, talvez o mais desastrado da história dos Estados Unidos. Neste particular, qualquer coisa será lucro.

Como pessimista profissional, que considera o otimismo como consequência da má informação, fico pensando no velho dilema filosófico: é a história que faz o homem ou é o homem que faz a história? Acho que até hoje não se chegou a uma conclusão.

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Sem a Revolução Francesa haveria um Napoleão? Sem o Tratado de Versalhes haveria um Hitler? Sem o crack da Bolsa nova-iorquina, em 1929, haveria a Revolução de 30 no Brasil? Napoleão, Hitler, Vargas foram produtos da história.

Ninguém discute as qualidades de Obama, sua trajetória política, seu carisma pessoal. Acontece que ele comandará a nação mais forte do mundo num momento em que seus problemas internos e externos parecem anunciar o início do fim de um grande império: guerras e crise econômica.

E eis a pergunta: Obama será maior do que a máquina ou a máquina será maior do que ele? Outro dia, vi um documentário sobre os novos porta-aviões da Marinha americana. Três deles têm o nome de ex-presidentes: Harry S. Truman, Ronald Reagan e George H. Bush, ainda vivo, pai do Bush que está indo embora.

O comandante de um desses porta-aviões disse tranquilamente que qualquer um dos três é capaz de destruir qualquer cidade de qualquer país em qualquer parte do mundo. Para isso, basta que um só homem pronuncie a senha – e a máquina entrará em funcionamento.