Senadores tidos e havidos como da turma do "bem" sugerem o afastamento de José Sarney da presidência do Senado. Não faz muito, outros presidentes foram realmente afastados, mas voltaram ao convívio dos pais da pátria e continuam influentes.

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No pega pra capar que está varrendo as lixeiras do Senado, poucos são inocentes e todos parecem culpados – foi o que Pedro Calmon disse em recente discurso. O próprio Sarney estendeu a crise a todo o Senado – o que tem lá sua verdade. Fernando Gabeira, que não é senador, mas deputado admitiu uma liberalidade que tomou com o dinheiro público, devolveu-o, pediu desculpas à nação e admitiu que foi envolvido no clima generalizado entre parlamentares que, mecanicamente, quase sem perceber, fazem do patrimônio público um bem particular.

Irã, crise no Senado, gripe suína – a pauta básica da mídia foi superada pela morte de Michael Jackson. A primeira impressão que se teve é que no dia seguinte o sol não nasceria para nos aquecer. Como poderíamos viver sem ele?

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A solução parece que será a mesma que foi dada a Elvis Presley, um seu antecessor que até hoje não morreu. Trata-se de um recurso que consola um tipo de viúves sentimental toda vez que um ídolo vai embora deste mundo. Nos anos 60, dizia-se que John Kennedy e Marilyn Monroe não haviam morrido, estavam vivos, curtindo uma eterna lua de mel num rancho do Kansas.

No caso de Michael Jackson, há elementos para se duvidar de sua morte. Foi súbita, ele estava encalacrado financeiramente, com sua capacidade de promover espetáculos públicos e particulares, arranjou um sósia que morreu no lugar dele e se mandou para aproveitar anonimamente o resto do dinheiro que lhe sobrou.