Diz a ministra Dilma Rousseff que um eventual terceiro mandato para o PT em 2010 seria para "um projeto", não para um nome (no caso o de Luiz Inácio Lula da Silva).

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Se é assim, vejamos o que diz de tal "projeto", na área ambiental, uma das raras personalidades do PT que não renunciou ao dever de pensar, a senadora Marina Silva: "Essa conversa (em torno de deletérias alterações nas regras de defesa do meio ambiente) nos leva de volta ao Brasil das capitanias hereditárias. Ele está inteiro, poderoso, imutável, um encrave dentro de nossa pretensa modernidade. Nessa lógica, a lei só vale quando não contraria alguns interesses. Provavelmente, regras universais e o bem comum são considerados excentricidades".

Vale para o meio ambiente, vale para o conjunto da obra. Vale para o presente governo, vale para o anterior, de que dá prova a farta coleção de políticos que empobreceram o governo anterior e foram chamados para empobrecer também o atual.

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Seria exagero dizer que vale para todos os governos anteriores desde as capitanias hereditárias?

Tem-se, pois, que quem não se conforma com a mediocridade e/ou o retrocesso não tem "projeto" a escolher.

Nem fora do Brasil, aliás. Vide o resultado da eleição para o Parlamento Europeu. No meio de uma crise formidável, provocada pelo exagero de liberalismo, ganham os "projetos" liberais e/ou conservadores e ainda avança, em dez países, a retrógrada extrema-direita.

O "projeto alternativo" que em tese (só em tese) seria representado pela social-democracia perde onde é governo (Espanha e Reino Unido) e perde também onde a direita é governo (França, Itália e Alemanha), para ficar só nos grandes países do conglomerado europeu.

As Marinas Silvas deste mundo vão acabar falando sozinhas. Pena.

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