Rio de Janeiro O Brasil elimina Gana e classifica-se para as quartas-de-final. Lula diz que tudo o que há de bom no Brasil é obra dele, que o governo anterior não fez nada. FHC se defende dizendo que Lula só fez corrupção. A Varig continua sem solução, e Enéas raspou a barba e não aconteceu nada de importante no país e no mundo.
Para um cronista que escreve todos os dias, assuntos não faltam. São repetitivos, raramente trazem alguma coisa de novo. Poderia encher uma enciclopédia com baixarias não só nos jogos da Copa do Mundo como na copa presidencial.
Honestamente, não fico emocionado com nada disso. O Brasil vai marchando para mais um título, mas ainda não encontrou um adversário de peso, só agora, contra a França, vai encarar uma seleção de categoria.
FHC se destrambelhou ao defender seu governo dos ataques de Lula, mas valeu sua indignação. ACM disse uma vez que as palavras fazem pensar, mas a indignação é que faz votos. Com seu destempero verbal, FHC ganharia pontos, mas ele não é candidato a nada. Sua indignação fez apenas empalidecer as candidaturas de Serra e de Alckmin.
A Varig não chega a estar indignada com sua crise melancólica, e com isso está longe de uma solução que a salve. Continuo acreditando muito no Brasil e pouco na candidatura de Alckmin e no bom desfecho para o caso da Varig.
Restam as barbas do Enéas, que foram para o espaço e, com isso, a nossa paisagem cívica ficou desfalcada. Sabe-se que ele está doente, mas desejamos que se recupere logo e possa deixar crescer a barba, do contrário ela crescerá sozinha.
Como se nota, há muitos assuntos, mas nenhum me emociona especialmente. A única vantagem é que aprendi como se diz "sete" em grego. Ainda seremos heptacampeões.
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