Rio de Janeiro A julgar pelo que vejo na mídia e na TV, o melhor remédio para a onda de violência que atravessamos está na cara: basta acabar com a polícia. Como qualquer outra aglomeração de seres humanos, ela tem em seus quadros alguns marginais, sendo responsável pelas chacinas e sobretudo pelas balas perdidas que voam por aí.
Diariamente, lemos nos jornais e vemos na TV: com a desculpa de combater supostos traficantes, a polícia promove a matança de inocentes. Enquanto a linguagem jornalisticamente correta obriga a colocação do adjetivo "suposto" antes do substantivo "traficante", a polícia não é uma suposição, é uma certeza matemática.
Ela dispõe de armas fornecidas pelo Estado. E, dessas armas, saem não só as balas perdidas, mas também as balas que não são perdidas, porque matam supostos bandidos.
Na última chacina aqui do Rio, um grupo de supostos traficantes do morro do Alemão fez uma visita de cordialidade a supostos traficantes de um morro no Catumbi.
Visitantes e visitados discutiam amigavelmente sobre supostos pontos de tráfico, nada que esquentasse a pacífica festa, até que veio a polícia e começou a dar tiro para todos os lados, fazendo mais de dez mortos.
Os arsenais de que os supostos traficantes dispõem, armas sofisticadas, superiores às da polícia e das Forças Armadas, resultam ociosas: todas as balas perdidas saem das armas dos policiais. Para que os supostos traficantes fazem questão de tantas armas?
Como qualquer instituição (Executivo, Legislativo, Judiciário), a polícia está infiltrada de maus elementos, que não são supostos, como os bandidos, mas reais.
A se acreditar na maneira como a mídia está cobrindo o crime, cortando-se o mal pela raiz viveremos uma era de paz.
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