Provavelmente o fenômeno de engenharia social mais espantoso em séculos é a invenção do transgênero. Sempre houve rapazes e moças com trejeitos mais identificados com o sexo oposto, mas nunca passara pela cabeça de ninguém que realmente pertencessem a ele. Em coisa de um ou dois anos, todavia, a mídia obrigou à aceitação de toda uma fantasia segundo a qual alguns rapazes seriam moças e certas moças seriam rapazes. Ora, alguém que julgue a sério pertencer ao sexo oposto precisa é de ajuda sincera, não de ver sua fabulação confirmada pelos “antenados”.
Este fenômeno de mídia é, primordialmente, um ataque ao feminino, a todas as mulheres. A condição feminina, com seus mistérios lunares, sua fertilidade, sua capacidade de gerar alimento para o próprio filho e, de várias outras maneiras, de acolher o próximo é única e intrinsecamente diferente da condição masculina, projetiva e protetora. Uma “mulher trans” na verdade é um rapaz vestido de moça; seios falsos implantados podem parecer seios verdadeiros, mas não o são. É uma fantasia, como sempre se percebeu claramente nessa época de reversão cultural que é o carnaval. É engraçado, e ao mesmo tempo triste. Triste, e ao mesmo tempo profundamente desrespeitoso para com as mulheres, ainda que esses blocos de carnaval possam ser percebidos como uma brincadeira infantil e imatura típica de homens.
Este fenômeno de mídia é, primordialmente, um ataque ao feminino, a todas as mulheres
Fora do carnaval, a reação instintiva mais perigosa para os travestis é a indignação ao ver a condição feminina ultrajada de tal maneira. A mulher atrai o homem; quando um homem se sente atraído por alguém que ele crê ser uma mulher e descobre que a tal “mulher” não o era, é comum que haja até mesmo reações desordenadas e violentas (mas nunca justificadas). Travestis que trabalham na noite sabem disso, e normalmente são bons de briga – muito mais que a maior parte dos demais homens.
Mas eis que hoje a mídia nos obriga a engolir mais esta humilhação das mulheres: homens participando de esportes coletivos – e, claro, enchendo-se de vitórias e medalhas –, homens adentrando o banheiro feminino, o último santuário em que as mulheres podiam ficar sozinhas; homens, em suma, ridicularizando a mulher ao apresentar uma farsa e exigir que ela seja tratada como se verdade fosse.
Para piorar, a natural indignação de qualquer um que ame as mulheres é tratada como “discurso de ódio”, havendo até mesmo apelos à sua criminalização numa tentativa de eliminar liminarmente a oposição. O bom senso já ficou para trás.
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