Neste mês de agosto celebramos as vocações presentes na Igreja: os fiéis leigos, os sacerdotes e os consagrados.
Em primeiro lugar, nos perguntamos: quem são os fiéis leigos?
O Concílio Vaticano II, ultrapassando anteriores interpretações prevalentemente negativas, abriu-se a uma visão decididamente positiva e manifestou o seu propósito fundamental ao afirmar a plena pertença dos fiéis leigos à Igreja e ao seu mistério e a índole peculiar da sua vocação, a qual tem como específico "procurar o Reino de Deus, tratando das coisas temporais e ordenando-as segundo Deus". Assim os descreve a Constituição Lumen Gentium: são todos os fiéis que incorporados em Cristo pelo Batismo, constituídos em Povo de Deus e tornados participantes, a seu modo, do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo, exercem pela parte que lhes toca, na Igreja e no mundo, a missão de todo o povo cristão.
O Concílio Vaticano II apontou a índole secular como sendo a modalidade do fiel leigo que o distingue, sem todavia o separar do presbítero, do religioso e da religiosa: "A índole secular é própria e peculiar dos fiéis leigos". Os fiéis leigos "vivem no século", isto é, empenhados em toda ocupação e atividade terrena e nas condições ordinárias da vida familiar e social, com as quais é como que tecida a sua existência.
Os fiéis leigos são pessoas que vivem a vida normal no mundo, estudam, trabalham, estabelecem relações amigáveis, sociais, profissionais, culturais, etc. O Concílio considera essa sua condição não simplesmente como um dado exterior e ambiental, mas como uma realidade destinada a encontrar em Jesus Cristo a plenitude do seu significado. O mundo torna-se assim o ambiente e o meio da vocação cristã dos fiéis leigos.
Quem são os sacerdotes? Os presbíteros são, na Igreja e para a Igreja, uma representação sacramental de Jesus Cristo Cabeça e Pastor, proclamam a Sua palavra com autoridade, repetem os seus gestos de perdão e oferta de salvação, nomeadamente com o Batismo, a Penitência e a Eucaristia, exercitam a sua amável solicitude, até o dom total de si mesmos, pelo rebanho que reúnem na unidade e conduzem ao Pai por meio de Cristo no Espírito.
Numa palavra, os presbíteros existem e agem para o anúncio do Evangelho ao mundo e para a edificação da Igreja em nome e na pessoa de Cristo Cabeça e Pastor. Este é o modo típico e próprio pelo qual os ministros ordenados participam do único sacerdócio de Cristo. O Espírito Santo, mediante a unção sacramental da ordem, configura-os, por um título novo e específico, a Jesus Cabeça e Pastor, confirma e anima-os com a sua caridade pastoral e coloca-os na Igreja na condição de servidores do anúncio do Evangelho a toda a criatura, e da plenitude de vida cristã para todos os batizados.
O sacerdote tem como referência fundamental a relação com Jesus Cristo Cabeça e Pastor: ele, de fato, participa de modo específico e autorizado, na consagração/unção e na missão de Cristo. Mas, intimamente ligada, encontra-se a relação com a Igreja.
Quem são os consagrados e consagradas? A Vida Consagrada, profundamente arraigada nos exemplos e ensinamentos de Cristo, é um dom de Deus Pai à sua Igreja, por meio do Espírito. Através da profissão dos conselhos evangélicos, os traços característicos de Jesus virgem, pobre e obediente, adquirem uma típica e permanente visibilidade no meio do mundo, e o olhar dos fiéis é atraído para aquele mistério do Reino de Deus que já atua na história, mas aguarda a sua plena realização.
A profissão religiosa é considerada como um singular e fecundo aprofundamento da consagração batismal, visto que nela a união íntima com Cristo, já inaugurada no Batismo, evolui para o dom de uma conformação expressa e realizada mais perfeitamente, através da profissão dos conselhos evangélicos. Todos nós somos chamados à uma vocação. A este chamamento especial, corresponde um dom específico do Espírito Santo para que cada um e cada uma possa responder à sua vocação e missão.
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