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Em 1950, o Papa Pio XII definiu a Assunção de Maria como dogma, ou seja, como ponto referencial de sua fé. Maria, no fim de sua vida, foi acolhida por Deus no céu "com corpo e alma", ou seja coroada plena e definitivamente com a glória com que Deus preparou para os seus santos. Assim como ela foi a primeira a servir Cristo na fé, é a primeira a participar na plenitude de sua glória, a " perfeitíssima redimida". Maria foi acolhida completamente no céu porque ela acolheu o Céu nela, inseparavelmente. O evangelho de hoje é o Magnificat, resumo da obra de Deus com ela e em torno dela. Humilde serva, ela foi exaltada por Deus, para ser mãe do Salvador e participar de sua glória, pois o amor verdadeiro une para sempre. Sua grandeza não vem do valor que a sociedade lhe confere, mas da maravilha que Deus opera nela. Um diálogo entre Deus e a moça de Nazaré; ao convite de Deus responde "sim", e à sua doação na maternidade e no seguimento de Jesus, Deus responde o grande "sim", a glorificação de sua serva.

Em Maria Deus tem espaço para operar maravilhas. Em compensação, os que estão cheios de si mesmos não deixam Deus agir e, por isso, são despedidos de mãos vazias, pelo menos no que diz respeito às coisas de Deus. O Filho de Maria coloca na sombra os poderosos deste mundo, pois enquanto estes oprimem, Ele salva de verdade. Esta maravilha só é possível porque Maria não está cheia de si mesma, como os que confiam no seu dinheiro e seu status. Ela é serva, está a serviço e, por isso, sabe colaborar com as maravilhas de Deus. Sabe doar-se, entregar-se àquilo que é maior que sua própria pessoa. A grandeza do pobre é que ele se dispõe para ser servo de Deus, superando todas as servidões humanas. A vida de Maria, a "serva", assemelha-se à do "servo", Jesus, "exaltado" por Deus por causa de sua fidelidade até a morte.

O amor torna semelhantes as pessoas. Hoje, celebramos também o dia das vocações à vida consagrada. Ninguém mais do que Maria é exemplo desta consagração. Pela profissão dos conselhos evangélicos os consagrados e consagradas deram resposta a um chamamento divino, de forma que, não apenas mortos para o pecado, mas também renunciando ao mundo vivam unicamente para Deus. Consagram toda a sua vida ao serviço de Deus. Constitui isso consagração especial, que está intimamente radicada na consagração do batismo e a exprime mais plenamente. Os religiosos e as religiosas, fiéis à sua vocação, abandonando tudo por Cristo, seguem-no como único necessário. Eles e elas, pela integridade de sua fé, pela caridade para com Deus e o próximo, pelo amor da cruz e pela esperança da futura glória, devem propagar a boa nova de Cristo no mundo todo, a fim de que o testemunho deles seja por todos visto e seja glorificado nosso Pai que está nos céus. A exemplo de Maria, Mãe de Deus, "cuja vida é norma para todos", cada dia devem progredir e produzir mais fecundos frutos de salvação. A todos os religiosos e religiosas, presentes em nossa Arquidiocese, meu agradecimento pelo testemunho e serviço.

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