Nós, Arcebispos e bisposdo Paraná, estaremos realizando a Visita ad limina em Roma durante este mês de novembro. Segundo a disciplina canônica, o bispo diocesano cumpre a cada cinco anos a Visita Ad Limina, para honrar o sepulcro dos santos apóstolos Pedro e Paulo e se encontrar com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma, o Papa. A visita nos seus diversos momentos litúrgicos, pastorais e de fraterna troca de experiência, tem para o bispo um significado preciso: aumentar o seu senso de responsabilidade como sucessor dos apóstolos e revigorar a sua comunhão com o sucessor de Pedro. A visita, além disso, constitui também um momento importante para a vida da mesma Igreja Particular, a qual, por meio do próprio representante, consolida os vínculos de fé, de comunhão e de disciplina que a ligam à Igreja de Roma e ao inteiro corpo eclesial. Os encontros fraternos com o romano pontífice e os seus mais estreitos colaboradores da Cúria Romana oferecem ao bispo uma ocasião privilegiada não só para fazer presente a situação da própria diocese e suas expectativas, mas também para ter as maiores informações a respeito das esperanças, as alegrias e as dificuldades da Igreja Católica e para receber oportunos conselhos e diretivas sobre problemas do próprio rebanho. Tal visita representa um momento central também para osucessor de Pedro que recebe os pastores das Igrejas Particulares para tratar com eles as questões que dizem respeito à sua missão eclesial. A Visita ad limina é, assim, expressão da solicitude pastoral por toda a Igreja. Para tais motivos, é necessária uma diligente preparação. Com suficiente antecipação, não menos de seis meses, se possível, o bispo se preocupará em enviar à Santa Sé o relatório sobre o estado da diocese, para cuja redação dispõe do relativo formulário preparado pela congregação para os bispos. Esta relação deverá fornecer ao pontífice romano e aos dicastérios uma informação de primeira mão, verdadeira, sintética e precisa que é de grande utilidade para o exercício do ministério petrino. Ao bispo, pois, o relatório oferecerá um meio idôneo para examinar o estado da sua Igreja e para programar o trabalho pastoral: portanto, convém que para sua elaboração o bispo se valha da ajuda dos seus mais estreitos colaboradores na função episcopal, embora sua contribuição pessoal seja indispensável, sobretudo nos aspectos que mais dizem respeito à sua atividade episcopal, para dar uma visão de conjunto do trabalho pastoral. A praxe atual é que as visitas sejam feitas, de regra, através das conferências Episcopais, ou divididas em vários grupos no caso de ser muito numerosas como no Brasil, evidenciando assim a união colegial entre os bispos. Apesar de diversos momentos ocorrerem em grupos, visitas aos túmulos dos apóstolos, discurso do Papa, reunião com os dicastérios da Cúria Romana, é sempre o bispo que individualmente apresenta o relatório e realiza a visita em nome da sua Igreja, encontrando pessoalmente o sucessor de Pedro, e tendo sempre o direito e o dever de comunicar diretamente com ele e com os seus colaboradores todas as questões que dizem respeito ao seu ministério diocesano. A todos eu peço orações e de lá estaremos em comunhão, orando pelo nosso povo do Regional Sul II e solicitando ao nosso querido Bento XVI uma especial bênção apostólica.
Dom Moacyr José Vitti, é arcebispo metropolitano.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião