Muitas vezes, tudo de que precisamos para tomar uma atitude mais concreta e enérgica é que o perigo chegue bem perto de nós. Você posterga a instalação daquele sistema de alarme até o dia em que seu vizinho é assaltado; ou resolve começar a se cuidar depois que um infarto manda seu amigo querido e sedentário para a sala de cirurgia. A desgraça alheia, quando próxima o suficiente, pode servir de conscientização e motivação, tanto individualmente como coletivamente.
Quando falamos de desgraças, logo vêm à mente esclarecida as ideologias de esquerda. Os mais de 100 milhões de mortos em regimes socialistas e comunistas dos últimos 100 anos corroboram o poder destruidor das ideias plantadas por pensadores como Rousseau, Comte e Marx. Certas ideias e padrões mentais funcionam como uma droga, sequestrando a capacidade da pessoa de tomar decisões fundamentadas e equilibradas. O psiquiatra Lyle H. Rossiter, em seu excelente The liberal mind, esclarece que a mente esquerdista radical é fruto de uma patologia cujo resultado é a destruição de características importantes para a vida competente em sociedade, tais como confiança, autonomia e iniciativa.
A eleição de um novo presidente nos Estados Unidos é o evento mais importante das últimas décadas
A Europa, mãe de todos os filósofos e pensadores de esquerda, vive hoje as consequências mais nefastas de algumas décadas de governos sociais-democratas e progressistas. O continente caiu de joelhos diante das demandas igualitárias e politicamente corretas, abandonou a moral judaico-cristã e abraçou o multiculturalismo, acreditando – como o drogado acredita que vai se sentir melhor depois da próxima carreira – que o mundo seria melhor desse jeito, e que todos seriam felizes. A abertura das fronteiras para os refugiados sírios, no ano passado, foi apenas o último episódio de uma longa história de concessões absurdas, que acabarão por criar um grande califado no Hemisfério Norte.
Mas, como disse no começo deste texto, o infortúnio de meu vizinho é minha última chance de me consertar para evitar o mesmo destino. Os ataques e estupros perpetrados por homens muçulmanos na Alemanha, na virada do ano, são o prenúncio claro do que os países europeus enfrentarão nos próximos anos: imigrantes que levam consigo uma cultura bárbara e que, por inação e palermice de governos covardes, conseguem impô-la a toda uma nação. Se o povo americano olhar para o leste e entender o que está acontecendo com os vizinhos europeus, se ligar os pontos e enxergar que Barack Obama e a maioria dos democratas seguem a mesma agenda e perseguem os mesmos resultados, os Estados Unidos terão uma chance de reverter essa situação, e isso seria de extrema importância para o mundo inteiro.
O ano de 2016 começa com um grande peso nas costas. A eleição de um novo presidente nos Estados Unidos é o evento mais importante das últimas décadas. Se os democratas vencerem, darão continuidade à agenda antiamericana de Obama, diminuindo a influência do país cada vez mais e ampliando espaços para o radicalismo muçulmano e para os nada democráticos Rússia e China. A vitória de um republicano – seja ele Trump, Cruz, Rubio ou qualquer outro pré-candidato atual – pode restaurar o equilíbrio de que o mundo precisa e dar força a partidos e governos de direita em diversos países.
Torçamos e rezemos.