Milton Friedman, economista genial que ganhou o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas em 1976, dizia que há quatro maneiras de se gastar dinheiro:
1.Gastar o próprio dinheiro consigo mesmo: ao gastar o recurso que foi conseguido com o próprio esforço e suor na compra de um bem que será usufruído por si mesma, a pessoa certamente será o mais criteriosa possível, buscando o melhor custo-benefício e o menor desperdício;
2.Gastar o próprio dinheiro com outra pessoa: é o caso da compra de um presente, por exemplo. Como o recurso continua sendo fruto do próprio trabalho, a compra também é feita com o intuito de obter a melhor negociação, e o gasto é calculado em função da importância e merecimento que a pessoa presenteada tem para a compradora;
O Estado brasileiro é voraz. Ele morde a riqueza gerada pelo trabalho genuíno por todos os lados
3.Gastar o dinheiro de outra pessoa consigo mesmo: já não há a aplicação do critério de melhor custo-benefício. Na verdade, como o dinheiro não veio do próprio esforço e trabalho, a pessoa provavelmente se preocupará apenas em maximizar o benefício próprio, independente do custo;
4.Gastar o dinheiro de outra pessoa com uma terceira: neste cenário não há a menor preocupação de se obter o melhor custo e nem o melhor benefício. O gasto está tão distante da escala de valores da pessoa que ela não se sente na obrigação de gastar seu próprio tempo e esforço em busca de negociações, descontos, qualidade etc.
Estas quatro maneiras servem para exemplificar com clareza o grande problema que é o assistencialismo social nas mãos do Estado. Aliás, servem para mostrar como todo o dinheiro gasto pelo Estado sempre cai no quarto caso, o mais perdulário e ineficaz de todos.
Nesta semana, o Ministério Público Federal identificou irregularidades no programa Bolsa Família – aquele que o PT insiste em chamar de “o maior programa de redistribuição de renda da história deste país” – da ordem de R$ 2,5 bilhões. As irregularidades abrangem cerca de 1,4 milhão de pessoas, e incluem beneficiários com diversos CPFs cadastrados para receberem múltiplos benefícios, servidores públicos, doadores de campanha, proprietários de empresas e outros picaretas mamadores das tetas estatais. Vale lembrar que no final de março deste ano o governo Dilma, ainda no poder, anunciou um corte de R$ 2,373 bilhões no orçamento do ministério da Saúde, ou seja, tirou recursos de uma das áreas que mais impacta a vida das pessoas para colocar nas mãos de falsários e vagabundos inscritos irregularmente no Bolsa Família.
O Estado brasileiro é voraz. Ele morde a riqueza gerada pelo trabalho genuíno por todos os lados, confiscando recursos por meio de impostos, impondo prejuízos por meio de regulamentações e burocracia, e acabando com a competitividade das empresas nacionais de todos os tamanhos. Os governos Lula e Dilma adicionaram à voracidade um elemento de crueldade: o Estado deixou de se inchar como a pessoa que engorda por comer desregradamente e passou a engordar como a pessoa que rouba comida para alimentar os inúmeros parasitas que vivem dentro de si. A quantidade de riqueza desperdiçada e utilizada para bancar a vida de gente que não trabalha, não produz nada e vive melhor do que a média da população brasileira é quase incalculável. Nas mãos de um governo liberal e pequeno, o PIB brasileiro poderia gerar uma situação econômica muito mais favorável e uma posição de destaque no cenário mundial.
Quando o Estado dá dinheiro às pessoas sem lhes pedir nada em troca, nem sequer que mantenham seus filhos na escola, não está lhes fazendo bem nenhum. Quando o Estado usa seus programas de esmola para financiar a perpetuação de um partido no poder, já não estamos mais falando de Estado, e sim de um grupo de criminosos travestido de governo. Cada dia com o PT fora da presidência é um dia de descobrir novos crimes e novos golpes aplicados diuturnamente pelos últimos 13 anos. Daria para construir um país inteiro do zero com o dinheiro todo que esse pessoal roubou. Infelizmente, nos restou chorar o leite derramado.
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