“E na rua 7? Baile de favela! E os menor preparado pa f... com a x... dela” – trecho do funk Baile de Favela, de MC João.

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“Joga o paco de cem embolado na mesa que a bandida não resiste” – trecho de Tá Tranquilo, Tá Favorável, de MC Bin Laden.

“Olha só novinha, não leva como esculacho, figurinha repetida, eu não colo no meu álbum” – trecho de O Bonde Passou, de MC Gui.

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“Sou dessas que se amarra e gosta muito é de ah” – trecho de Sou Dessas, de Valesca Popozuda.

“Deixa de marra, sei da sua tara, sua cara mostra entusiasmo! Vê se descobre que eu sou do corre, se pá, você tem um orgasmo!” – trecho de Engole o Choro, de MC kapela MK.

“Ninguém tá segurando essa novinha, ela tá perdendo a linha” – trecho de Perdendo a Linha, de MC Pocahontas.

“Geral tá comentando, ninguém segura ela, pra que trancar a porta, se ela sai pela janela” – trecho de Soltinha, de MC Bola.

“Ela quica, ela para, rebola, ela trava, ela abre, ela fecha, na ponta ela fica” – trecho de Na Ponta Ela Fica, de MC Delano.

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“Elas batem com a b..., elas sentam com a b..., elas quicam com a b..., elas jogam pra trás” – trecho de Novo Movimento, do Bonde das Maravilhas.

Não há baile funk em que essas músicas [sic] não toquem, todas famosas, com seus cantores [sic] consagrados no seu meio

“Mulher, a hora é essa, apresentarei pra você como me comporto, deita na cama, apaga as luzes que eu te boto” – trecho de Tudo Tão Perfeito, de MC PH.

“Hoje na casa do seu Zé vai rolar uma p..., tava cheia de novinha doida pra fazer orgia. Uma f... no chão, outra em cima da pia, na casa do seu Zé vai rolar uma p...” – trecho de Na Casa do Seu Zé, de MC Britney.

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“E se tocar pagode ela gosta, e se rolar um reggae ela gosta, se rolar hip hop ela gosta, mas se tocar um funk, ela dança de costas (...) Ô dança aí que eu quero ver, desce, perde a linha” – trecho de Paradinha, de MC Duduzinho.

“Vem na maldade, com vontade, chega, encosta em mim, hoje eu quero e você sabe que eu gosto assim” – trecho de Bang, de Anitta.

“O baile tá lotado, a mulherada louca, eu te vendo de longe beijando de boca em boca, tipo metralhadora” – trecho de Metralhadora, de MC Bella.

“Farra, noitada, é tudo pra essas meninas. Noite, bebida, gandaia é pouco e ainda por cima dançam de um jeito díficil de explicar” – trecho de Grave com Som, de MC Davi.

“A mansão tem um harém de cretina, tô c... três mulheres por dia, fora quando encostar a orgia. Essa é a vida que todos queria” – trecho de Meninos do Torro 3, de MC Kelvinho.

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“Oh, mulher, que me deixa na ponta do pé. Ah, normal, ela suga a cabeça do p...” – trecho de Na Ponta do Pé, de MC Livinho.

Perdoem o copia e cola, as reticências e a ausência de [sic]. Não fossem aquelas, não seria publicável essa coluna; houvesse [sic], o artigo não caberia no jornal. Não há baile funk em que essas músicas [sic] não toquem, todas famosas, com seus cantores [sic] consagrados no seu meio. Enfim, se cultura é cultivo, quem planta funk colhe o quê? Respeito pela mulher?

Semana passada, citei o Projeto de Lei 4.124/2008, proposto pelo deputado Chico Alencar, do PSol/RJ, com parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, que define o funk como forma de manifestação popular. Mais que isso: estipula que os “artistas do funk são agentes da cultura popular, e como tais terão seus direitos respeitados e assegurados”, sendo que compete “ao poder público assegurar ao movimento funk a livre realização de suas atividades e de manifestações próprias, como festas, bailes e reuniões”.

Preciso dizer? Se sim, volte ao início e releia. Se nem assim, então prepara, que agora é a hora.