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Caímos no conto do Brasil próspero. Também pudera: o Plano Real de fato mudou a economia do país e possibilitou a geração de riquezas. Tudo lindo, exceto que o Brasil não fez o dever de casa. Emplacamos quatro gestões petistas, que é mais ou menos como, depois de acertar suas finanças pessoais, você chamar uma shopaholic para gerir seu dinheiro. E, pior ainda, com a bonança, pulularam os cursos universitários de formação duvidosa, o que colaborou para abarrotar o mercado de pessoas diplomadas, mas pouco produtivas. Bruna Luiza comenta o desastre do desemprego, particularmente o que aflige pessoas com formação universitária.

Por que o Brasil deu errado?

Não damos uma bola dentro. Quando o Brasil se tornou independente, era um país promissor: tinha o grande José Bonifácio como mentor intelectual da nação – que, inclusive, instruiu pessoalmente o maior estadista que o Brasil já teve, Pedro II. No fim das contas, o imperador foi enxotado do governo do país – só que estavam pouco amadurecidas tanto nossas instituições quanto nossa identidade como nação. Desde então, o país foi ladeira abaixo. Alexandre Borges mostra o potencial do Brasil de Pedro II e as razões do sucesso civilizacional dos EUA para revelar um pouco do que estamos fazendo de errado.

3 reflexões: anti-semitismo, solidão e purgatório

João Pereira Coutinho faz três reflexões em seu artigo: primeiro, fala da atualidade do anti-semitismo, particularmente do de esquerda. Depois, reflete sobre a solidão. Por fim, relembrando o romance Brideshead Revisited, comenta o tormento das personagens da obra. Não sei se foi proposital, mas nos três textos é marcante a experiência do desamparo existencial. Curiosa a menção aos judeus, o povo de Deus, que parece carregar a marca de bode expiatório favorito da humanidade. Não à toa, desse povo veio o Filho, o mais injustiçado, que viveu o momento mais solitário de todos na cruz, mas que veio resgatar os homens das suas tormentas.

Nolan e a morte

Falar de morte é tabu, como era falar de sexo há décadas atrás. Causa desconforto e logo as pessoas querem mudar o assunto. O cineasta Christopher Nolan, em pelo menos três de seus filmes, quer chamar nossa atenção para o momento crucial de enfrentá-la: ela, a inexorável, a “iniludível”, diria Manuel Bandeira. Mas o importante mesmo de sua mensagem é o vislumbre do que se passa depois da morte. (texto em inglês)

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