| Foto: Elza Fiuza -/Ag Brasil

Quando o resultado da eleição não agrada, os críticos da democracia começam a sair do armário. João Pereira Coutinho, opondo-se ao cientista político Jason Brennan, argumenta que o regime democrático não é simplesmente a via de poder do povão ignorante, que nem sabe o que é melhor para si, mas é o embate de forças antagônicas advindas dos diversos grupos sociais, e que depende, para que opere de modo saudável, de uma sociedade civil bem representada e da salvaguarda da liberdade de expressão. (site exige cadastro)

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A matemática, a lógica e as ciências humanas

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É bem conhecida a tendência que o pessoal que se interessa mais pelas disciplinas humanísticas possui de rejeitar ou apresentar dificuldades com as disciplinas de exatas. É uma questão mais problemática do que parece, porque, desse modo, disseminou-se a concepção de que é impossível existir objetividade nas ciências humanas. O relativismo cai como uma luva para os intelectuais dessa vertente. A matemática pertence ao reino da lógica, e a lógica é a parte da filosofia que verifica a racionalidade, a coerência do discurso. A lógica que me diz que 2 + 2 são 4 é a mesma que me faz concluir que “eu sou mortal”, já que eu sou uma pessoa (premissa menor) e todas as pessoas são mortais (premissa maior), para dar um exemplo banal. É claro que as ciências humanas não se restringem a operações de lógica. Mas, sem dúvida, o mal uso daquela que é a terceira disciplina do Trivium, tão esquecido nos dias de hoje, é uma mazela frequente nas análises de grande parte dos intelectuais contemporâneos. Cedê Silva, citando o artigo “Hábitos das pessoas altamente matemáticas” mostra a importância de exercitar o raciocínio lógico-matemático também nas ciências humanas.

Populismo

Entenda, com Daniel Hannan, que nem sempre o que se reputa habitualmente como uma política populista é algo ruim. Quando – de fato – houve um governo elitista que governou em prejuízo do povo, e surge, em resposta, um político que propõe o oposto e que chega ao poder como representante dos interesses genuínos dos seus eleitores, o nome disso, mais precisamente, é “democracia”. (artigo em inglês)

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