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Giro de opinião

Faltam heróis, sobram vilões e bufões

 | Divulgação Warner
(Foto: Divulgação Warner)

Ana Hickmann escapou da morte pela coragem de seu cunhado, Gustavo Correa, que atirou no maluco que tentava assassiná-la. Gustavo é um herói, e ainda assim foi duramente criticado por ter matado o agressor de Ana. O que esperavam? Que ele aguardasse uma intempestiva intervenção policial? Ele fez o que se espera duma pessoa corajosa, sobretudo de um homem. Homens são, via de regra – esperneiem o quanto quiserem –, biologicamente mais fortes que as mulheres. Não à toa. Só que, para nossa tristeza, estamos construindo uma cultura que neurotiza a natural virilidade dos homens. “Sejam delicados como uma flor” é, no fundo, a mensagem que lhes é bombardeada. Alguns assimilam isso, e tornam-se bufões: ficam histéricos diante de tudo o que parece minimamente “agressivo”. Outros, na carência de modelos de virtude masculina, tornam-se machões, sem escrúpulos, intimidadores e violentos. Flávio Morgenstern lembra-nos que, num mundo onde há pessoas dispostas a cometer barbaridades, precisamos de homens bons que saibam responder à altura.

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Dias depois do atentado a Ana Hickmann, uma jovem de dezesseis anos é brutalmente violentada por uns 30 covardes filhos da mãe. Novamente, o coro ergue-se em fúria (também pudera!), mas contra quem? Os homens e seu machismo típico! É como se todo o homem mais viril fosse corresponsável pela tragédia que sucedeu a essa menina. É uma injustiça com os homens que nos protegem. Desencorajá-los é um tiro no pé! Precisamos de mais homens virtuosos, que saibam se sacrificar por suas famílias, que saibam se comprometer e entregar a própria vida, se necessário, para defender os seus. Thais Gualberto comenta o caso e exorta-nos a parar de condenar uma das coisas que podem nos salvar.

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A barbárie contra a jovem violentada, bem como a reação histérica que jogou no mesmo saco estupradores e homens à moda antiga, são sintomas de uma sociedade decadente. Se formos sinceros, uma espécie de “cultura do estupro” existe mesmo no Brasil. Mas ela é um pouco diferente do que trombeteiam por aí. Vejamos o comentário de Rodrigo Nunes.

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