| Foto: Makaristos/Media wiki

A expressão “guerra sem os tiros” é de George Orwell e define bem a essência dos Jogos Olímpicos, que são, inegavelmente, uma disputa entre povos. Ainda que haja uma série de regras pautando as competições, o comprometimento com o fair play, e o incentivo à boa convivência entre os atletas, se há uma mensagem que não corresponde ao espírito das Olimpíadas é a de que “somos todos iguais”. Pode-se dizer – dentro de uma perspectiva cristã – que todos temos o nosso valor; mas, sempre bom lembrar, não compartilhamos das mesmas capacidades. Nos Jogos do Rio, Estados Unidos ainda são a maior potência, seguidos pela Grã-Bretanha, e colando no placar estão China e Rússia. Alguma semelhança com o mundo das disputas fora dos estádios? Hélio Gurovitz comenta o livro The Ancient Olympics, que conta a história do Jogos Olímpicos, ressaltando a glória e o poder dos vencedores.

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Qual a mensagem da abertura das Olimpíadas sobre o Brasil?

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É verdade que abertura das Olimpíadas foi um grande espetáculo – como entretenimento, não como mensagem. Prova disso é que muitas pessoas saíram do estádio emocionadas. Luzes e fogos, o balé de altíssimo nível de Débora Colker, o 14 Bis levantando voo, Gisele Bündchen desfilando ao som de Garota de Ipanema, a alegria contagiante de Jorge Ben Jor, o menininho sambando... imagens bonitas que apelam ao coração do brasileiro. O lamentável foi que o Brasil apresentado é uma caricatura de país, que está longe de fazer jus à diversidade da cultura nacional. Isso sem contar nos chatíssimos clichês da esquerda frankfurtiana, que estavam tão explícitos quanto o punho esquerdo levantado no meio da cerimônia. Ideologização até na abertura dos Jogos, really? Thaís Gualberto comenta a abertura à luz do pensamento de Theodore Dalrymple.

Mais sobre a abertura

A maior parte dos brasileiros, que vive num ambiente de esquerdismo cultural como o peixe dentro d’água, pode não ter estranhado nada na abertura das Olimpíadas no Rio. Mas fora do Brasil há muito mais espaço para visões distintas, para debate e para pensar fora de esquemas ideológicos. Exemplo disso é o artigo de Gabriel de Arruda Castro, na revista National Review, sobre a glamurização da pobreza na abertura dos Jogos. O autor pode não fazer muitas concessões aos momentos em que havia beleza no espetáculo, mas dificilmente encontraremos tanta franqueza na mídia nacional sobre o que foi visto na abertura (texto em inglês).

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