O discurso desarmamentista erige-se sobre dois pilares: o ideológico e o “científico”. O primeiro é aquele papo pacifista, estilo Imagine, que começa por condenar toda forma de violência e acaba vendo com maus olhos até a autodefesa – numa negação infantil da realidade, postura essa que trata bandidos como “vítimas do sistema”. Logo, o problema estaria no “sistema” (leia-se: capitalismo opressor), e não na malícia dos criminosos. O segundo pilar, o “científico”, está assentado naquela gama de dados que os desarmamentistas apresentam para defender sua tese – dados que, grosso modo, passam o seguinte recado: mais armas, mais mortes. O argumento ideológico não tem colado muito num país que tem uma legislação rigorosíssima para a posse de armas de fogo e que, não obstante, é o líder mundial em número de homicídios. Mas os dados trazidos por pesquisas que mostram o crescimento da violência e de assassinatos quando há mais armas entre a população – sempre encomendadas pelos desarmamentistas – podem assustar, e por isso é tão importante denunciar que estão sendo manipulados, quando não totalmente forjados pelas ONGs que trabalham pelo desarmamento.
Quem poderá nos defender?
O Estado brasileiro é um exemplo primoroso de incompetência, inclusive em matéria de segurança, e, ainda assim, o lobby pró-desarmamento é fortíssimo e quer nos convencer a entregar – integralmente – a nossa integridade física e a de nossos entes queridos, bem como o nosso direito de propriedade sobre nossos bens, nas mãos desse Estado. Ora, é só pensar por um minuto no caos da segurança pública que fica fácil compreender que desarmar a população é uma insanidade! Mas não devia ser necessário chegar a esse ponto para percebermos isso: um país que preza pela liberdade consagra o direito à posse e porte de armas, porque entende que o povo precisa, antes de mais nada, ter meios de se defender do próprio governo, se necessário. Roberto Rachewsky explica a quem interessa desarmar a população.
A esquerda foi longe demais
A vida é nosso bem mais precioso, e o quadro de homicídios no Brasil é o pior do mundo. Esses dois fatores somados explicam por que a primeira derrota do pensamento esquerdista no Brasil ocorreu no referendo do desarmamento. Tantas histórias de violência que vemos no noticiário, que conhecemos de alguma pessoa próxima, criaram a exaustiva sensação de impotência que o brasileiro tem frente ao crime; mas provavelmente a esquerda – já acostumada a reinar no campo da política e no das ideias – não esperava que isso se revertesse no eloquente “não” que a população deu ao desarmamento. Desde então foi ficando mais claro quem defende bandidos e quem defende o cidadão. Percival Puggina comenta alguns pontos da carta de valores esquerdistas.
O tamanho do problema
O problema da insegurança no Brasil é tão grande que tivemos de aprender a lidar com essa realidade e, em alguma medida, nos habituamos a viver assim. Felippe Hermes, para nos situar quanto à dimensão da violência por aqui, traz alguns dados.
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