Venezuela em 2017, Brasil em 2019: é o que veremos se o PT voltar ao governo federal. Nossa combalida, mas sobrevivente, democracia – atualmente na UTI pós-impeachment – dá a sensação de que as liberdades de que ainda usufruímos não estão sob ameaça, de que nem mesmo os partidos à esquerda pretendem mudar as regras do Estado Democrático de Direito, vez que Dilma submeteu-se ao impedimento, e PT e partidos afins disputam eleições como os demais. Na realidade, temos de vigiar nossa democracia do ataque dos lobos, que ainda são tratados por muitos como bons cães pastores. Toda a narrativa construída em torno do impeachment como “golpe” e “ditadura civil” – repetida à exaustão de modo cínico por uns e histérico por outros – foi a forma que os petistas encontraram de tentar dar a volta por cima, já que naquele momento não conseguiram apoio militar e muito menos popular para efetivamente darem o golpe sob roupagem de “contragolpe”. Desse modo, investiram na construção de um enredo fantasioso de “perseguidos pelas elites”, que cai como uma luva de quatro dedos para Lula, o único líder carismático e aglutinador com quem podem contar, e em quem ainda estão apostando as fichas. Se emplacar Lula em 2018, o PT não vai querer dar mais chance para o azar, deixando brechas que o apeiem do poder novamente. Isso é bastante previsível, entre outros motivos, pelo apoio que os petistas sempre deram a ditaduras de esquerda. Em editorial, o Estadão comentou a simpatia de Lula pela Venezuela chavista e as mensagens de deputados petistas endossando a ditadura de Maduro.
Lula passa o recado aos jornalistas
Com uma “brincadeirinha”, Lula ameaça prender os jornalistas que “mentem” sobre ele. Eric Balbinus comenta a fala do prototirano.
Venezuela até o fundo do poço
A essa altura do campeonato, em que a máscara de salvadores da pátria dos governantes socialistas já caiu repetidas vezes ao longo da história; em que o roubo, a pobreza, a ausência de liberdade, a morte mostraram-se como traços característicos desses governos, tão mais presentes quanto mais estridentemente bradassem em nome da justiça social, nada mais pode explicar a cabeça de um militante que se doa pela tal “revolução” a não ser um apego neurótico às próprias convicções. Apoiar a ditadura de Maduro ignorando o fato de que se trata de um regime opressor, que terminou de afundar o país na pobreza, é fechar os olhos para a realidade. José Niño explica o caminho percorrido pela Venezuela até o fundo do poço na economia, que tem tudo a ver com a adoção, décadas atrás, do modelo de capitalismo de Estado.
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