Manipulação de palavras é uma especialidade petista. Ok, não é particularmente uma habilidade inata de Dilma Roussef, mas é dos petistas que pensam os discursos proferidos por ela. Não importam os fatos, sobretudo quando há uma militância articulada, pronta a repetir à exaustão as teses que limpam a barra da presidente, como se dizer “é golpe” um milhão de vezes mudasse a realidade. O pior é que, na prática, essa insistência lança dúvidas sobre os menos informados. Cresce a impressão de que o país está dividido, quando, de fato, o que ocorre é que a militância de esquerda sabe fazer muito barulho, mas é minoria. Isso torna necessário o exaustivo trabalho de desfazer os equívocos perpetuados pelo discurso petista, um a um. Percival Puggina incumbe-se de parte dessa empreitada, mostrando neste artigo algumas das contradições de Dilma.
Bizarrices da política nacional
De um modo geral, a irreverência caracteriza nosso povo. Sem dúvida, ajuda a aliviar a carga do dia a dia penoso. Mas quando a relevância de uma questão exige postura comprometida, a falta de seriedade, que é já cultura nacional, deixa de ser festejada. Se nem nas altas esferas do poder há lisura no agir, que dizer do resto? Alguns exemplos de como o cenário político está patologicamente zoado seguem nesta lista de Rodrigo da Silva.
O discurso estatista de Dilma e do PT
Para se defender, Dilma alega a autoria programas e mais programas do governo, e o investimento de infinitas verbas públicas, como se isso não tivesse absolutamente nenhuma relação com o fomento da corrupção e com a crise econômica. Ora, mas ainda hoje predomina o entendimento entre a população de que governo bom é aquele que toma o protagonismo em todas as frentes de necessidades públicas, senão a presidente não se orgulharia desses feitos. O Khalil M. Habib, citando Peter Foster, explica esse fenômeno: a mentalidade anticapitalista. (texto em inglês)