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 | Hugo Harada/Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Toda a vez que no Brasil se fala em reformas que pretendem colocar freio no crescimento desenfreado do Estado – o qual muito cinicamente se autojustifica alegando trabalhar em prol dos “direitos sociais” -, pode apostar: dos centros acadêmicos, das repartições públicas, das centrais sindicais, dos movimentos sociais sairão muitos daqueles cidadãos conscientes rasgando as vestes, pichando muros, vandalizando geral e gritando alto em todos os espaços onde têm voz. Vândalos são caso de polícia, e histéricos em geral não podem ser levados a sério. Simples assim. Guilherme Fiuza recorda que o Brasil já testemunhou o mesmo tipo de indignação barulhenta, ideológica e inconsequente, que agora vemos contra a PEC do Teto, quando da aprovação do Plano Real e da Lei de Responsabilidade Fiscal, e sob a alegação dos mesmos motivos: os pobres serão prejudicados.

Para quem quer ser produtivo

Se você sonha em ser um “aspone”, faz sentido que não esteja ligando para a reforma trabalhista. Mas se o seu objetivo é fazer parte da cadeia produtiva como empreendendor ou como empregado, bom, aí muito lhe interessa entender quais são os entraves impostos pela CLT e pela Justiça do Trabalho para a geração de empregos, que tanto fortalece a economia. Luan Sperandio é didático na explicação.

A insanidade da Previdência

Para que não restem dúvidas acerca da indecência que é obrigar o trabalhador e o empregador a contribuírem com uma Previdência falida, Leandro Roque mostra em números, a título de exemplo, a diferença entre aplicar seu rico dinheirinho no INSS e no Tesouro Direto. Imagine se você, trabalhador com carteira assinada, tivesse essa possibilidade...

Contribuinte carregando o déficit nas costas

O alto custo da máquina estatal não foi descoberto pelos economistas ontem, ainda que pareça, porque -– ultimamente – só se fala disso no noticiário . Agora, que a crise não é apenas mais uma previsão apocalíptica daqueles economistas “neoliberais” que gostam dos malucos da escola austríaca; agora, que cada cidadão sente no bolso os efeitos da crise, podemos nos perguntar – baseados no senso comum de que não se deve gastar mais do que orçamento permite – como é possível que tenhamos caído no canto de sereia dos nossos governantes, que nos venderam “prosperidade” ao custo de dívidas astronômicas, como se não fôssemos nós, os contribuintes, que iríamos pagar a conta eventualmente? Ora, vamos lembrar que, até bem pouco tempo, a mídia em peso estava ao lado da mãe do PAC. Havia pouco espaço na maior parte dos jornais para os analistas que tentavam alertar o cidadão comum, que não é versado em macroeconomia, sobre as consequências do “desenvolvimentismo”. Não apoiar os programas do governo era um atestado de coração de pedra; poucos ousavam fazê-lo em público. Considerando que é fortíssima a influência de Keynes na formação dos economistas brasileiros, sobretudo os da Unicamp (que só faltam aplaudir o déficit público como sinônimo de giro de riquezas), e que esse pessoal dá a justificativa teórica perfeita para que os políticos possam interferir mais na economia (aumentando o déficit, caneteando os juros, imprimindo moeda sem lastro, gastando mais e – claro – roubando mais), economistas da Unicamp e governos populistas são a fome e a vontade de comer: o nosso dinheiro! Que o Brasil nunca esqueça essa lição. O economista Marcos Lisboa alerta para o fato de que renegociar as dívidas dos estados com a União é empurrar o problema com a barriga.Corte de gastos deve ser a regra de ouro para os governos futuros.

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