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giro de opinião

Secando a fonte da burrice nacional

 | Piotr Lewandowski/Free Images
(Foto: Piotr Lewandowski/Free Images)

O PL da ONG Escola Sem Partido deu força a vozes que antes gritavam solitárias no deserto infértil do debate público brasileiro, e também despertou a ira de uns e outros. A consulta pública do Senado sobre o PL já bateu o recorde de manifestações, e diversos de nossos intelectuais estão dando seus pareceres mídia afora. Um deles foi Renato Janine Ribeiro, que lamentou o fato de o projeto tirar o foco “das questões realmente educacionais”, querendo dizer “dos problemas de qualidade de ensino no Brasil”, que todo mundo está careca de saber quais são, mas ninguém tem a mínima ideia de como resolver. Aliás, quase ninguém: o Escola Sem Partido demonstrou que entendeu quais são as raízes do desastre do nosso ensino formal, e quem comenta isso é Flávio Morgenstern, neste artigo. Flávio, no melhor estilo turn down for what, desmonta o argumento de Janine Ribeiro, mostrando a fonte donde brota o desastre da educação brasileira. Se o projeto do Escola Sem Partido der certo, será um bom começo para restaurarmos a sanidade em sala de aula e adotarmos uma abordagem pedagógica que respeite a inteligência dos alunos.

Com a palavra, uma estudante de Pedagogia

O depoimento de Jenifer Castilho, estudante de Pedagogia da Uerj, nos dá a referência do que pensam os pedaengodos, digo, pedagogos sobre os objetivos da educação – a dita “formação cidadã” – e, nesse sentido, deve-se ressaltar que eles estão sendo muito bem-sucedidos! Uma pena que nossos alunos só não aprendam a ler, escrever, fazer contas, que dirá então entender algo sobre o que se passa com o mundo. Jenifer conta como seus colegas estão reagindo ao projeto do Escola Sem Partido (preciso mesmo fazer ressalvas sobre as honrosas exceções dos bons profissionais da área?).

Fala, Nagib!

Como disse, bocas estão espumando por aí por causa do projeto do Escola Sem Partido. A coisa está sendo tratada como cerceamento de liberdade de expressão e, particularmente, de liberdade de cátedra. Miguel Nagib, coordenador da ONG e jurista de formação, rebate, neste artigo, os argumentos jurídicos contrários ao PL, mostrando que não há que se falar em inconstitucionalidade da proposta. Desse modo, tira um pouco da atmosfera de polêmica em torno da questão, revelando um projeto até bastante modesto e contido em suas intenções. Ou, dito de outro modo, é um bom primeiro passo.

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