O crítico literário Rodrigo Gurgel censura o sentimentalismo na obra de Ovídio. Uma cultura que valoriza demasiadamente os sentimentos acaba por relativizar a observância dos deveres. É evidente que a saúde emocional das pessoas é importante, mas ela será tão mais consistente quanto mais maduro for o sujeito. E, para amadurecer, não tem conversa: é preciso aprender a lidar com as contrariedades da vida. O chacoalhão que Ovídio merecia receber é o mesmo de que necessitamos em diversos momentos: get up and be a freaking man !
Novos líderes, por favor
É cultural, fazer o quê?, mas o brasileiro está sempre em busca de um novo papaizinho para a pátria, que lhe cuide e proveja. Estamos acostumados a delegar a atividade política e cívica para nossos representantes e, quando eles nos decepcionam, o melhor que fazemos é reclamar. Só que o noticiário político se tornou tão assombrosamente escandaloso que os brasileiros, atônitos, constataram que “não vai sobrar ninguém”. E agora, José? Encontramos essa reflexão, e uma tentativa de solução para o problema, no texto de Ricardo Amorim.
Ah, essa “mídia golpista”...
Quando a incoerência de um discurso é gritante, o nonsense torna-se cômico. Tem sido engraçadíssimo ouvir as críticas à “mídia golpista” por parte de militantes pró-governo, já que qualquer pessoa que não padeça de analfabetismo funcional pode perceber que as redações abrigam majoritariamente jornalistas de esquerda ou centro-esquerda. Eugênio Bucci faz troça desses militantes.
Medo paralisante
A prudência é uma virtude, mas “prudência” demais gera covardia. O medo excessivo de errar, no fim das contas, acaba como um tiro que sai pela culatra: impede o indivíduo de enxergar a verdade, explica James Wilson. (texto em inglês)
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