O último atentado do Estado Islâmico teve um alvo bastante emblemático: padre e fiéis durante a celebração de uma Missa. Inocentes foram imolados durante a celebração do maior sacrifício de todos os tempos: icônico, porém absurdamente cruel. Entre os últimos ataques – da revista satírica Charlie Hebdo, da boate Bataclan em Paris, da boate gay Pulse em Orlando, da avenida Promenade des Anglais em Nice no dia da Bastilha – percebemos que os alvos são simbólicos: representam o Ocidente contemporâneo de algum modo, sobretudo no tocante à liberdade. Mas, dessa vez, não se trata de repudiar os costumes liberais dos ocidentais, e sim o principal pilar da nossa civilização: o cristianismo. A mensagem do Estado Islâmico é eloquente: Islã ou a morte. Eles querem nos exterminar, mas que o sangue dos nossos mártires, como o do Padre Jaques Hamel, surta precisamente o efeito contrário e seja o combustível de novas conversões ao cristianismo e de revitalização da nossa cultura. Jean Duchesne destaca as características únicas – e atrozes – desse atentado. (texto em inglês)
Terroristas não poupam nem o Brasil
O humor é o que resta quando a tragédia já passou o limite da incredulidade. E nisso nós brasileiros somos especialistas. Fazemos troça de tudo porque, aparentemente, estamos de mãos atadas para resolver os problemas estruturais do Brasil. Então, nos adiantando, fazemos piada conosco mesmos. Mas há assuntos que não deveriam ser motivo de piada, e o terrorismo é um deles. Muitos comentários circularam as redes sociais ridicularizando a ação da Polícia Federal que prendeu terroristas brasileiros ligados ao Estado Islâmico com planos de atentado durante os Jogos. Fernando Schüler ressalta que “deveríamos ter um pouco mais de responsabilidade ao tratar de um tema dessa gravidade”.
Em busca do milagre
Paulo Briguet – recordando o principal romance de Kafka e as lições do psiquiatra Viktor Frankl, que encontrou o sentido da vida enquanto vivia nas condições mais desumanas num campo de concentração – desafia a falta de esperança dos nossos dias, que parecem mecânicos, vazios de significado, com contornos tão sem vida quanto um diagrama cartesiano.
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