Lorena Miranda Cutlak passa um recado às pessoas de bom coração que verdadeiramente se compadecem da situação difícil que uma gravidez indesejada pode trazer a uma mulher, que imaginam os traumas e obstáculos que pesarão sobre aquele que for entregue à adoção, e entendem, assim, que o “menos pior” é que, nesses casos, “a gestação seja interrompida”. Caro leitor, agora sou eu que o convido a refletir um instante. Primeiro ponto: a vida de um indivíduo, a despeito dos diversos elementos externos que a condicionem em alguma medida, é pautada pela vontade livre. Quanto mais maduro o sujeito, mais isso é verdade. E essa maturidade não se adquire sem que se aprenda que cada um é responsável pelas próprias escolhas. Ou seja, não há indicador social, estatística, histórico familiar que seja capaz de subtrair de alguém a consciência individual e a capacidade de escolha a despeito das pressões contrárias. Segundo ponto: não há ser humano que não sofra. Desde uma unha quebrada, passando por um objetivo de vida frustrado, até uma tragédia inesperada, tudo isso é fonte de sofrimento. A intensidade do sofrimento é subjetiva, e por isso não é o que baliza os valores de uma sociedade. Nem por isso ignora-se o dever de auxílio aos que sofrem, que parte do reconhecimento de que estamos no mesmo vale de lágrimas. Mas esse auxílio, para fazer jus ao propósito, não pode simplesmente dar razão àquele que, eventualmente numa situação de desespero, perdeu de vista um cenário maior de possibilidades para a própria vida. E agora o ponto três, e o mais importante: ninguém detém o conhecimento do futuro. Quantas surpresas o destino (ou a graça divina) reserva a cada um de nós? O desespero, por mais compreensível que seja, é, no fundo, falta de perspectiva. É nesse contexto que penso a questão do aborto. Em vez de subscrever o argumento cínico de que “não há vida humana”, melhor seria ajudar essas mulheres que só vêm no aborto uma solução, seja com ajuda material, se for necessário, seja com o apoio para que recuperem a esperança. Quando estamos a tratar de vida, mais amor, menos utilitarismo, por favor.
Cultura da morte
Às vezes somos convencidos de cada coisa... Os tempos atuais são pródigos em bizarrices. Claro, à primeira vista tais ideias parecem fazer sentido. Ocorre que esse processo de convencimento, principalmente sobre temas polêmicos, é cada vez menos racional e mais subliminar, ou fruto de desinformação. Muitos engenheiros sociais estão há décadas trabalhando a cultura para que consigam moldar o maior número de consciências possível (mas sempre podemos não abaixar a cabeça, certo?). Por exemplo, você, que acha que está sendo muito humano e solidário por defender o aborto, saiba: o aborto faz parte de uma agenda eugenista, de autoria de alguns figurões como George Soros. Thiago Cortês conta quais são os próximos passos dessa agenda.
Direito Natural
Ricardo Gustavo Garcia De Mello argumenta que as leis devem ser compatíveis com a ordem universal e permanente: aquilo que reconhecemos como Direito Natural.
Recado aos libertários
Uma cultura pró-vida é mais importante do que esperar o posicionamento do Estado a respeito do aborto. Esse é o entendimento de Ron Paul, ícone entre os libertários, que explica, neste texto, a necessidade de construirmos (ou recuperarmos) uma cultura pró-vida. Sim, é isso mesmo, essa é a voz de um libertário! Ele esclarece a razão pela qual libertários coerentes não deveriam advogar a possibilidade de escolha de manter a gravidez ou não, ou melhor, assassinar uma vida ou não (acho que assim fica mais evidente a razão).
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